Para quem vai o Oscar?

A cerimônia do Oscar é igual todos os anos, mas a qualidade dos filmes varia imensamente. Numa época em que o cinema perde público e relevância para as séries de TV, o Oscar de 2015 mostra que os filmes ainda podem provocar reflexão e discussão, além de entretenimento.

Entre os candidatos ao título de Melhor Filme há propostas inovadoras comoBirdman, rodado no interior de um velho teatro, e Boyhood, gravado ao longo de mais de dez anos, enquanto seus atores envelheciam. Há também bons diretores e atores e histórias eletrizantes.

Há, sobretudo, ótimos filmes produzidos fora dos Estados Unidos – como o argentino Relatos selvagens, que conta histórias desconcertantes sobre vingança, e o polonês Ida, que trata de guerra e antissemitismo. Foram inscritas obras de 83 países, das quais saíram cinco finalistas. “Assistir a todos esses filmes foi incrível. A maioria é realmente muito boa”, diz o crítico e historiador britânico David Wallechinsky.

As mudanças no processo de seleção do Oscar parecem ter contribuído para melhorar a qualidade final. “A inclusão de até dez indicados abriu espaço a filmes menos oficialescos ou grandiloquentes”, diz Marcelo Hessel, do site de cinema Omelete. O resultado também ficou menos previsível e mais dependente dos humores momentâneos da Academia (leia abaixo). Qualquer que seja a razão, chega-se à grande noite com filmes elogiados pela crítica, consagrados pelo público e capazes, quem sabe, de fazer história. A seguir, as apostas de ÉPOCA para as principais categorias.

 Fonte: Época