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Em meio à greve, escola estadual decide retomar aulas em Curitiba

Escola Estadual Nossa Senhora de Salete iniciou ano letivo nesta semana.
Dos 231 estudantes da manhã, 144 foram à escola nesta terça-feira (3).

Do G1 PR, com informações da RPC
Mesmo com a greve dos servidores da Educação, que completa 23 dias nesta terça-feira (3), a Escola Estadual Nossa Senhora de Salete, no Bacacheri, em Curitiba, decidiu retomar as aulas. Na segunda-feira (2), dos 231 estudantes matriculados no período da manhã, cerca de 120 compareceram ao colégio. Entretanto, o número aumentou nesta terça-feira (3), com 144 alunos presentes nas salas de aula.
A escola é a única das 2,1 mil instituições do Paraná a dar início ao ano letivo. Onze dos 13 professores decidiram retornar ao trabalho. A Polícia Militar permaneceu na praça em frente à escola para garantir a entrada dos alunos que quisessem assistir as aulas.
A greve dos professores e funcionários da rede estadual foi deflagrada no dia 9 de fevereiro, quando deveria começar o ano letivo dos 950 mil alunos da rede estadual de ensino.
Mesmo estando em dúvida se teria aula mesmo ou não, os pais dos estudantes decidiram seguir a orientação da direção da escola para levarem os filhos. “Uma hora falam que está funcionando, outra hora dizem que não está. Eu liguei para tirar minhas dúvidas e o diretor disse que poderia trazer [o filho], que o colégio abriu uma exceção”, disse Luciane Seixas.

No sábado (28), a Justiça concedeu uma liminar, favorável ao pedido do Governo do Paraná, que determinava o retorno das atividades dos professores do terceiro ano do Ensino Médio e de 30% dos funcionários das escolas estaduais. Na segunda, o
 Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato) informou que vai recorrer à decisão judicial.
Ao mesmo tempo em que os alunos chegavam, crescia a movimentação de professores grevistas em frente à escola. Os manifestantes abordavam e orientavam os pais para levarem os filhos para casa.
“Ontem saiu a liminar que era para o terceiro ano do ensino médio. Foi usada essa liminar para que os alunos daqui viessem, e isso não é verdade, porque os alunos aqui são do ensino fundamental”, relatou a professora Luci Mara Pereira.
Os estudantes que chegaram de transporte escolar entraram direto na escola. Alguns pais, mesmo a favor do movimento, preferiram deixar os filhos na instituição. “Cada um luta pelo que deseja, mas eu também sou a favor das crianças porque eles estão ficando sem estudo, sem o ensino. Quem vai ser prejudicado também, no final, são eles”, afirmou Letícia Riciarti.
Joice Cortes Angelo, apesar de preocupada com o futuro da filha, que estuda na escola, apoia o movimento dos servidores. “A minha preocupação é que ela [filha] veio de transferência de outra cidade e eu tenho medo dela perder vaga, porque não está frequentando as aulas. Meu único medo é esse, mas eu sou a favor da manifestação dos professores, acho que a categoria foi rebaixada mesmo. Só não queria que tivesse esse tipo de conflito”, contou Joice.
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