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Fonte subterrânea abastece 70% da população de Ibiporã

Fonte subterrânea abastece 70% da população de Ibiporã

Sérgio Ranalli
A mistura da água prospectada com a captação no Ribeirão Jacutinga foi a forma que o Samae encontrou para garantir características mais adequadas ao produto oferecido à população
Em Ibiporã, na região de Londrina, a água que chega nas torneiras das casas está sempre em uma temperatura muito agradável, por volta de 27 graus. Isso porque, na cidade, 70% do abastecimento é realizado a partir da exploração de um poço do Aquífero Guarani. "As donas de casa gostam muito, porque a água é mais quente na hora de lavar a louça", brinca Cláudio Buzetti, diretor do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae).

A opção por explorar o Aquífero foi tomada em 2000, quando a então Sudersa ofereceu a possibilidade de fazer um poço em Ibiporã. Como o recurso era para perfurar até 900 metros e a água aflorou na metade desta distância, acabaram perfurando mais um, que entrou em operação quase dez anos depois e atualmente é o único em funcionamento por ser mais eficiente.

Adilson Ribeiro, coordenador da estação de tratamento de água do Samae, acrescenta que a vazão de 450 metros cúbicos por hora utilizada atualmente é suficiente para garantir o abastecimento de 70% da demanda da população de 51 mil habitantes. O poço teria capacidade para oferecer até 750 mil metros³/h, mas a companhia decidiu utilizar parte da água do Ribeirão Jacutinga para garantir características mais adequadas ao produto final, visto que a água retirada apenas do poço é quente e alcalina. "As pessoas reclamavam que o sabão não fazia espuma. Misturamos para manter características mais parecidas com a água do rio", explica.

O sistema do aquífero funciona 24 horas por dia. Já a captação do Ribeirão Jacutinga funciona por até dez horas. Ribeiro esclarece que a água do Guarani é potável já na saída do poço, mas recebe cloro e flúor para atender à legislação. Já a água do ribeirão passa por um processo de tratamento mais complexo para eliminar resíduos e a turbidez que deixa o líquido escuro. Para a população, o resultado é sentido no bolso: o custo da água chega a ser 50% mais barato que o produto da Sanepar.

A diversificação dos sistemas de captação é estratégico também para garantir o abastecimento mesmo quando uma das fontes tem algum problema. "Em Ibiporã quase não falta água, a não ser que algum acidente cause queda de energia", comenta Buzetti.

FONTE - FOLHA DE LONDRINA
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