Homicídios culposos no trânsito caem 15% no PR
Segundo balanço da Sesp, cidades maiores puxam a redução registrada no ano passado em relação a 2013; Em Londrina, queda foi de 87%
Em Curitiba, a queda nos homicídios culposos no trânsito foi de 9% em um ano
Curitiba - A quantidade de homicídios culposos (sem a intenção de matar) no trânsito do Paraná caiu 15,7% no ano passado em relação ao ano anterior, segundo dados do Relatório Estatístico Criminal divulgado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp). Ao todo, 1.716 pessoas morreram em decorrência de acidentes em 2014, enquanto que no ano de 2013 este número foi de 2.036. Este resultado foi puxado principalmente pela queda nas ocorrências na maioria das grandes cidades do Estado. Entre elas, a maior diminuição de acidentes ocorreu em Londrina. Conforme a Sesp, foram registrados 11 homicídios culposos de trânsito no ano passado, contra 87 no ano anterior, uma redução de 87,3%.
O levantamento, entretanto, não é referente ao total de mortes no trânsito, mas
apenas àquelas em que o motorista foi o responsável pela ocorrência e que houve a abertura de inquérito para investigar o crime de homicídio. Foram consideradas informações das vias públicas urbanas e estradas estaduais e federais. Ou seja, além dos órgãos de trânsito municipais também foram levados em conta dados das polícias rodoviárias Estadual (PRE) e Federal (PRF).
Os números são extremamente expressivos e também surpreenderam as autoridades. Entretanto, segundo o capitão Ricardo Eguedis, porta-voz do 5º Batalhão de Polícia Militar (5º BPM), em Londrina, a fiscalização mais reforçada aliada ao trabalho conjunto entre os diferentes órgãos de segurança no trânsito fez com que este resultado fosse alcançado na cidade. "Claro que outros fatores influenciaram no resultado, como a renovação da frota, o que fez com que muitos veículos antigos saíssem de circulação, por exemplo. Todavia, percebemos que os motoristas passaram a adotar instruções divulgadas em campanhas educativas e blitzes que foram realizadas constantemente", ressaltou.
"Fazemos o nosso trabalho, mas dependemos da conscientização da população e, por isso, também foram feitas muitas palestras em empresas e escolas sobre a educação no trânsito. Além disso, com a fiscalização mais eficiente, inclusive com o uso de bafômetros e aplicação de multas aos infratores, ocorreu uma mudança perceptível no tipo de conduta dos motoristas", completou.
Na capital, os números apontam 172 acidentes, contra 191 em 2013 (queda de 9,9%). Outros municípios que tiveram diminuição foram Maringá (38,6%), Foz do Iguaçu (20%), Cascavel (23,7%), Guarapuava (62,9%) e Colombo (17,6%). Uma cidade da região que também teve uma queda considerável nos homicídios culposos no trânsito foi Arapongas (96,2%). Em 2013, o município chegou a registrar 27 ocorrências e, no ano passado, conforme os dados do relatório, caiu para apenas uma.
INFORMATIZAÇÃO
O capitão Sheldon Keller Vortolin, do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), afirmou que a intensificação das fiscalizações, principalmente com a utilização de radares fotográficos em pontos específicos das rodovias em que foram detectados altos índices de acidentes, e o uso de etilômetros (bafômetros) impactaram nos números apresentados pela Sesp. Ele explicou que, para isso, foi fundamental a implantação da informatização das equipes de polícia rodoviária, ou seja, os agentes passaram a contar com um computador integrado aos veículos favorecendo a consulta em tempo real dos dados dos motoristas, dificultando a impunidade de infratores. "O trabalho foi mais efetivo porque os policiais estavam mais equipados. E, desta forma, os motoristas passaram a ter uma percepção de fiscalização mais rigorosa, o que impacta diretamente na forma como se comportam ao volante", destacou.
O levantamento, entretanto, não é referente ao total de mortes no trânsito, mas
apenas àquelas em que o motorista foi o responsável pela ocorrência e que houve a abertura de inquérito para investigar o crime de homicídio. Foram consideradas informações das vias públicas urbanas e estradas estaduais e federais. Ou seja, além dos órgãos de trânsito municipais também foram levados em conta dados das polícias rodoviárias Estadual (PRE) e Federal (PRF).
Os números são extremamente expressivos e também surpreenderam as autoridades. Entretanto, segundo o capitão Ricardo Eguedis, porta-voz do 5º Batalhão de Polícia Militar (5º BPM), em Londrina, a fiscalização mais reforçada aliada ao trabalho conjunto entre os diferentes órgãos de segurança no trânsito fez com que este resultado fosse alcançado na cidade. "Claro que outros fatores influenciaram no resultado, como a renovação da frota, o que fez com que muitos veículos antigos saíssem de circulação, por exemplo. Todavia, percebemos que os motoristas passaram a adotar instruções divulgadas em campanhas educativas e blitzes que foram realizadas constantemente", ressaltou.
"Fazemos o nosso trabalho, mas dependemos da conscientização da população e, por isso, também foram feitas muitas palestras em empresas e escolas sobre a educação no trânsito. Além disso, com a fiscalização mais eficiente, inclusive com o uso de bafômetros e aplicação de multas aos infratores, ocorreu uma mudança perceptível no tipo de conduta dos motoristas", completou.
Na capital, os números apontam 172 acidentes, contra 191 em 2013 (queda de 9,9%). Outros municípios que tiveram diminuição foram Maringá (38,6%), Foz do Iguaçu (20%), Cascavel (23,7%), Guarapuava (62,9%) e Colombo (17,6%). Uma cidade da região que também teve uma queda considerável nos homicídios culposos no trânsito foi Arapongas (96,2%). Em 2013, o município chegou a registrar 27 ocorrências e, no ano passado, conforme os dados do relatório, caiu para apenas uma.
INFORMATIZAÇÃO
O capitão Sheldon Keller Vortolin, do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), afirmou que a intensificação das fiscalizações, principalmente com a utilização de radares fotográficos em pontos específicos das rodovias em que foram detectados altos índices de acidentes, e o uso de etilômetros (bafômetros) impactaram nos números apresentados pela Sesp. Ele explicou que, para isso, foi fundamental a implantação da informatização das equipes de polícia rodoviária, ou seja, os agentes passaram a contar com um computador integrado aos veículos favorecendo a consulta em tempo real dos dados dos motoristas, dificultando a impunidade de infratores. "O trabalho foi mais efetivo porque os policiais estavam mais equipados. E, desta forma, os motoristas passaram a ter uma percepção de fiscalização mais rigorosa, o que impacta diretamente na forma como se comportam ao volante", destacou.
Rubens Chueire Jr.
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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