Polícia Civil do Paraná vai investigar empresa e ônibus de acidente em SC
Polícia vai auxiliar inquérito sobre acidente de ônibus que teve 51 mortes.
Parentes de vítimas recebem auxílio da Prefeitura de União da Vitória.
A Polícia Civil de União da Vitória, na região sul do Paraná, vai levantar informações sobre a empresa e o ônibus envolvidos no acidente que matou 51 pessoas no sábado (14) na SC-418. A delegada Tathiana Laiz Guzella, disse ao G1nesta terça-feira (17) que já começou a investigação. Parentes de vítimas e sobreviventes do acidente também serão ouvidos no Paraná.
"Já sabemos que a carteira do motorista estava em dia, mas ainda não conseguimos ouvir a viúva, porque ela está muito abalada com o acidente", afirma Tathiana. Segundo a delegada, a investigação vai auxiliar o inquérito principal aberto na Polícia Civil de Joinville, no norte de Santa Catarina. A delegada não precisou quantas pessoas serão ouvidas no Paraná. O ônibus está em Joinville e passou por perícia nesta terça.
O motorista Carlos Domingues, que dirigia diariamente o ônibus do acidente, garantiu que o veículo “funcionava perfeitamente”. De acordo com ele, os freios, os pneus e toda a manutenção estavam em dia. “Eu levava universitários de segunda a sexta-feira nele”, conta.
A proprietária ainda reclamou que "ninguém respeita as dores de ninguém" e que "a cada dia que passa, estão crucificando mais a empresa".
Uma das donas da empresa responsável pelo ônibus acidentado, a Costa & Mar Turismo, desabafou na página da companhia em uma rede social nesta terça. Na publicação, feita com o perfil da companhia, ela disse que está sem vontade de prosseguir após a morte do esposo, do filho e das outras 49 vítimas.
Na segunda-feira (16), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou uma nota afirmando que a empresa não tinha autorização para fazer uma viagem interestadual.
Visita à prefeitura
Na tarde desta terça-feira (17), o sobrevivente do acidente Brayan Lohan de Almeida, de 2 anos e 9 meses, que está com o pé esquerdo enfaixado, foi levado até a prefeitura de União da Vitória pelo pai Everton Jhony de Almeida. Os dois se reuniram com o prefeito, Pedro Ivo Ilkiv, que lamentou a tragédia. O menino recebeu alta no domingo (15) e disse aos pais que o avô, que morreu no acidente, o abraçou no momento da colisão.
Na tarde desta terça-feira (17), o sobrevivente do acidente Brayan Lohan de Almeida, de 2 anos e 9 meses, que está com o pé esquerdo enfaixado, foi levado até a prefeitura de União da Vitória pelo pai Everton Jhony de Almeida. Os dois se reuniram com o prefeito, Pedro Ivo Ilkiv, que lamentou a tragédia. O menino recebeu alta no domingo (15) e disse aos pais que o avô, que morreu no acidente, o abraçou no momento da colisão.
A prefeitura de União da Vitória informou que está prestando auxílio aos sobreviventes e aos parentes dos falecidos na tragédia. Foi montada uma equipe especial para verificar a emissão de certidões de óbito dos envolvidos, para prestar assistência psicológica às famílias e para providenciar a devolução dos pertences, como malas e documentos, que foram recuperados pela polícia de Joinville.
Despedida
Ainda na segunda, foram enterradas as 51 vítimas do acidente, sendo 40 em cemitérios de União da Vitória e Porto União, no norte de Santa Catarina, e 11 em outras cidades. O clima na cidade é de comoção. Somente um casal de União da Vitória perdeu 11 parentes no acidente. “Do meu lado, foram três pessoas. Do meu marido, mais oito”, explica Lúcia Lemos da Silva.
Até a manhã desta terça, seis vítimas continuavam internadas. “É muito triste, uma coisa que não tem o que falar”, diz.
Ainda na segunda, foram enterradas as 51 vítimas do acidente, sendo 40 em cemitérios de União da Vitória e Porto União, no norte de Santa Catarina, e 11 em outras cidades. O clima na cidade é de comoção. Somente um casal de União da Vitória perdeu 11 parentes no acidente. “Do meu lado, foram três pessoas. Do meu marido, mais oito”, explica Lúcia Lemos da Silva.
Até a manhã desta terça, seis vítimas continuavam internadas. “É muito triste, uma coisa que não tem o que falar”, diz.