[Fechar]

PageNavi Results No. (ex: 7)

7

Últimas notícias

Prefeituras acumulam dívida de R$ 11 milhões para custeio do Samu

Londrina e Rolândia cobram o pagamento dos recursos; serviço funciona de forma regionalizada desde 2011

Anderson Coelho/06-03-2015
Dívida abrange funcionamento da Central de Regulação, manutenção de 4 ambulâncias avançadas e pagamento de equipes
Londrina – A Central Regional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi implantada em dezembro de 2011 em Londrina. Os valores calculados para a manutenção dos serviços seriam rateados entre as administrações dos 21 muanicípios que fazem parte da 17ª Regional de Saúde. No entanto, nem todos efetuaram os repasses mensais nos últimos anos e a dívida está acumulada em R$ 11 milhões.

A informação foi repassada pelo secretário de Saúde de Londrina, Mohamad El Kadri. Segundo ele, apenas Cambé e Tamarana estão com os pagamentos em dia. "Desse total, R$ 6 milhões deveriam ser repassados a Londrina, que possui uma Central de Regulação, além de três ambulâncias avançadas, e outros R$ 5 milhões para Rolândia, que possui uma base com uma ambulância avançada", explicou. Os valores devidos por cada uma das prefeituras não foram detalhados.

A Prefeitura de Londrina cobra o recebimento do montante total e negocia a forma de pagamento com alguns municípios. "Já foi feito todo o demonstrativo. Nossa equipe já passou em todos os municípios e explicou a forma de cálculo. Alguns já começaram a negociar a dívida e esperamos receber parte dos valores até o final deste ano", afirmou o secretário.

A dívida abrange o funcionamento da Central de Regulação de Londrina, a manutenção de quatro ambulâncias avançadas, sendo três em Londrina e uma em Rolândia, e os pagamentos das equipes disponíveis para os atendimentos. Os valores não englobam as ambulâncias básicas, que são mantidas com recursos municipais.

Enquanto as prefeituras não pagam a dívida, Londrina e Rolândia arcam com os custos, que poderiam ser revertidos em investimentos no setor da saúde. "Temos ambulâncias de 2007, 2011 e 2013e com até um milhão de quilômetros rodados. Estamos com uma ambulância nova doada pelo Estado, mas precisamos preparar documentação e seguro. Em 30 ou, no máximo, 60 dias ela deve estar nas ruas. Estamos efetuando três compras de ambulâncias com recursos próprios e temos mais três ambulâncias que devem ser repassadas pelo Estado. Outras duas ambulâncias devem vir do Ministério da Saúde", contou El Kadri.

A Prefeitura planeja ainda construir a nova sede regional do Samu ao lado da Rodoviária de Londrina. O montante necessário, de R$ 3,2 milhões, além de mais R$ 1 milhão previsto para a compra de móveis e de equipamentos, deve ser repassado pelo Estado.
Viviani Costa
Reportagem Local-folha de londrina
UA-102978914-2