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URAÍ - Nova Mesa Diretora vota pedido de CP

Parlamentares questionaram validade da sessão e pediram nulidade

Uraí - Eleita na última quinta-feira após uma batalha judicial que durou quase três meses, a nova Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Uraí (Região Metropolitana de Londrina) comandou ontem sua primeira sessão legislativa. Na ordem do dia, um pedido de abertura de Comissão Processante (CP) contra os vereadores recém-empossados na Mesa, a pedido do prefeito Sérgio Pitão (PSC).

A denúncia tem como base o fato de Ademir Ambrósio (PSC), Adilson Mata (PR), Edmar dos Santos (PT), Lidamar Akyoshi (PSC) e Vinícius Laureano (PMN) terem abandonado a sessão do dia 15 de dezembro, na qual ocorreria a eleição da nova composição da Mesa. Segundo a denúncia de Pitão, ele teriam incorrido em quebra de decoro.

Eles deixaram o recinto em protesto às impugnações do então presidente, Claudinei dos Reis (PPL), o Sargento Reis, a dois membros da chapa de oposição. Sem os cinco vereadores presentes, Reis declarou os quatro restantes eleitos, apesar da falta de quórum – o ex-presidente era o primeiro-secretário da nova composição.

Os cinco parlamentares questionaram na Justiça a validade da sessão e pediram a nulidade, o que foi acatado em sentença datada de meados de fevereiro. Ainda assim, Williams Iwai (PMDB) manteve-se no comando do Legislativo até nova determinação judicial para que fosse empossado o vereador mais velho da Casa – no caso, Roberto Aparecido Ferreira (PR) – para que convocasse novas eleições.

Em extraordinária na última quinta-feira, os parlamentares elegeram para a presidência a chapa composta por Mata (presidente), Ambrósio (vice), Edmar dos Santos (1º secretário) e Nidamar Akyoshi (2º secretário). "Vou presidir a sessão, mas já convoquei os cinco suplentes para votar a CP", disse Mata, na tarde de ontem. Até o fechamento da reportagem, o pedido não havia sido votado.

Segundo Vinícius Laureano, a eleição anulada do ano passado e o pedido de CP de Pitão criou uma espécie de oposição no Legislativo, que não existia até então. "Vínhamos votando os projetos do prefeito com tranquilidade (até o ano passado), mas toda essa situação nos colocou numa posição oposicionista", disse. Para ele, o pedido de CP é uma tentativa de ingerência na Câmara.

Pitão foi procurado na tarde de ontem, mas disse que não poderia atender e pediu que voltasse a procurá-lo depois. Entretanto, ele não atendeu o celular e não retornou o recado deixado em sua caixa postal.
Luís Fernando Wiltemburg
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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