[Fechar]

Últimas notícias

Cooperativa planeja entrar no mercado de energia

Batavo quer implantar parque eólico nos Campos Gerais; investimento pode chegar a R$ 250 milhões

Shutterstock
A Cooperativa Batavo espera começar a instalação dos aerogeradores a partir do segundo semestre de 2016
Em um momento em que a energia elétrica tem sido considerada uma vilã das indústrias devido aos recentes aumentos nas tarifas, há aqueles que veem no cenário uma oportunidade de negócio. A Cooperativa Agroindustrial Batavo estuda há mais de 4 anos a implantação de um parque eólico na região de Carambeí (Campos Gerais), município onde se concentram as ações da organização. Com um investimento estimado em R$ 250 milhões, a cooperativa espera começar a instalação dos aerogeradores a partir do segundo semestre de 2016.

Pieter Van Der Meer, coordenador ambiental e florestal da Batavo, explica que o objetivo da cooperativa é diversificar ainda mais os negócios da entidade que atua na área de pecuária de leite, grãos, insumos, entre outros. Ele aponta que o mercado tem demandado cada vez mais energia, já que há uma falta do insumo, principalmente em longos períodos de estiagem. O modelo de geração de energia brasileira é proveniente, em sua maioria, das hidrelétricas.

A cooperativa pretende instalar no futuro parque eólico 30 aerogeradores na zona rural de Carambeí. A capacidade total da usina está estimada em 60 megawatts por hora. A unidade terá capacidade para atender uma cidade de 27 mil habitantes. Só para se ter uma ideia do potencial produtivo do projeto, Carambeí possui uma população de 20 mil habitantes.

A Batavo não pretende usar a energia produzida na usina eólica para movimentar diretamente a sua agroindústria, pois seu objetivo é inserir a energia produzida no parque eólico no sistema de distribuição nacional. Para isso, a empresa terá que participar dos leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Mas antes de participar, Der Meer explica que todo o projeto necessita de parceiros para financiamento e para obter o licenciamento ambiental.

O coordenador afirma que as pesquisas para verificar a viabilidade da instalação de um parque eólico na região começou em 2012 com estudos de medição de vento. As medições, aponta Der Meer, devem ser encerradas ainda neste ano. "O resultado preliminar do estudo é muito satisfatório", comemora. A Batavo já fez o pedido de licenciamento ambiental junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

A cooperativa deverá realizar também no próximo semestre uma audiência pública para verificar se a população é a favor ou não da construção do parque. Der Meer conta que a Batavo também está em busca de parceiros para ajudar financeiramente na execução do projeto. Com relação aos cooperados, ele afirma que a ideia foi muito bem recebida. "Já fizemos um contrato com todos os produtores", destaca Der Meer.

Potencial eólico
A região de Carambeí fica em uma região com alto potencial eólico. De acordo com um mapa traçado pela Companhia Energética Paranaense (Copel), em parceria com o governo do Estado, as regiões próximas ao município de Carambeí possuem grande quantidade de vento. De acordo com dados da Copel, o Paraná possui uma usina eólica localizada no município de Palmas, Sul do Estado.
Ricardo Maia
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
UA-102978914-2