‘Menos bala e mais giz’
De preto, milhares de professores e servidores fazem ato conjunto com centrais sindicais no Centro Cívico em repúdio à violência da PM no histórico 29 de abril

Os manifestantes tomaram o Centro Cívico, onde gritaram palavras de ordem contra o governador Beto Richa e o secretário da Segurança, Fernando Francischini
Curitiba – O feriado do Dia do Trabalho foi marcado ontem por manifestações nas principais cidades do Estado em repúdio à violência empregada na última quarta-feira pela Polícia Militar contra os professores e servidores estaduais no Centro Cívico, em Curitiba. E o cenário da guerra que chocou o País foi o palco da principal manifestação realizada no 1º de maio, liderada pela APP-Sindicato, que representa os professores da rede estadual, e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). As duas entidades fizeram um ato conjunto na manhã de ontem na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico, onde ficam as sedes do Palácio Iguaçu e da Assembleia Legislativa (AL).
Inicialmente, os manifestantes se concentraram na Praça 19 de Dezembro, a algumas quadras dali, e a maioria das pessoas vestia preto como forma de luto pelo histórico confronto de 29 de abril, ocorrido durante a aprovação das mudanças na Paranaprevidência na AL. Segundo os organizadores do movimento, o protesto de ontem reuniu 5 mil pessoas. Já a Polícia Militar contabilizou 3 mil manifestantes.
Por volta das 11 horas, os sindicalistas iniciaram uma caminhada até o Palácio Iguaçu. A principal bandeira do ato foi contra a violência que os professores sofreram durante esta última semana durante os protestos. Cruzes com fotos dos deputados de que votaram a favor das mudanças na previdência estadual, do governador Beto Richa e do secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Francischini, foram carregadas no protesto. Outra reivindicação de ontem também foi a oposição ao projeto de lei da terceirização. Antes de iniciar a caminhada, os manifestantes gritaram o nome de todos os políticos que tinham as fotos nas cruzes.
Durante o ato, que teve a presença de poucos policiais, foi utilizado um carro de som da CUT. Ao longo da passeata as palavras de ordem mais ouvidas foram "Fora, Beto Richa!" E questionaram por que não havia necessidade de polícia ontem. Quando os manifestantes chegaram à sede do Palácio Iguaçu, desceram as bandeiras do Brasil e do Paraná a meio mastro. A água do chafariz em frente ao palácio foi tingida de corante vermelho em alusão à violência que foi empregada para conter os protestos. Os professores também usavam um adesivo preto colocado no corpo e nas cruzes que dizia "Menos bala, mais giz. Somos todos professores". Alguns docentes também carregavam flores como uma forma de fazer o velório da educação, já que um caixão de Beto Richa foi colocado em frente ao Palácio Iguaçu. Também foram posicionadas faixas em frente à Assembleia Legislativa. Uma delas dizia que "Covardia tem nome e sobrenome – Fernando Francischini".
ADESÃO
Políticos de oposição ao governo, grupos de estudantes, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da marcha mundial das mulheres também participaram do ato. A candidata à presidência da República pelo PSOL ano passado, Luciana Genro, foi outra que compareceu para prestar solidariedade aos sindicalistas. O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) disse que a oposição vai questionar judicialmente as mudanças na previdência estadual à luz da Constituição Federal. E o diretor de assuntos jurídicos da APP, Mario Sergio de Souza, afirmou que a tendência é aprovar a continuidade da greve na assembleia do dia 5 de maio.
Inicialmente, os manifestantes se concentraram na Praça 19 de Dezembro, a algumas quadras dali, e a maioria das pessoas vestia preto como forma de luto pelo histórico confronto de 29 de abril, ocorrido durante a aprovação das mudanças na Paranaprevidência na AL. Segundo os organizadores do movimento, o protesto de ontem reuniu 5 mil pessoas. Já a Polícia Militar contabilizou 3 mil manifestantes.
Por volta das 11 horas, os sindicalistas iniciaram uma caminhada até o Palácio Iguaçu. A principal bandeira do ato foi contra a violência que os professores sofreram durante esta última semana durante os protestos. Cruzes com fotos dos deputados de que votaram a favor das mudanças na previdência estadual, do governador Beto Richa e do secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Francischini, foram carregadas no protesto. Outra reivindicação de ontem também foi a oposição ao projeto de lei da terceirização. Antes de iniciar a caminhada, os manifestantes gritaram o nome de todos os políticos que tinham as fotos nas cruzes.
Durante o ato, que teve a presença de poucos policiais, foi utilizado um carro de som da CUT. Ao longo da passeata as palavras de ordem mais ouvidas foram "Fora, Beto Richa!" E questionaram por que não havia necessidade de polícia ontem. Quando os manifestantes chegaram à sede do Palácio Iguaçu, desceram as bandeiras do Brasil e do Paraná a meio mastro. A água do chafariz em frente ao palácio foi tingida de corante vermelho em alusão à violência que foi empregada para conter os protestos. Os professores também usavam um adesivo preto colocado no corpo e nas cruzes que dizia "Menos bala, mais giz. Somos todos professores". Alguns docentes também carregavam flores como uma forma de fazer o velório da educação, já que um caixão de Beto Richa foi colocado em frente ao Palácio Iguaçu. Também foram posicionadas faixas em frente à Assembleia Legislativa. Uma delas dizia que "Covardia tem nome e sobrenome – Fernando Francischini".
ADESÃO
Políticos de oposição ao governo, grupos de estudantes, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da marcha mundial das mulheres também participaram do ato. A candidata à presidência da República pelo PSOL ano passado, Luciana Genro, foi outra que compareceu para prestar solidariedade aos sindicalistas. O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) disse que a oposição vai questionar judicialmente as mudanças na previdência estadual à luz da Constituição Federal. E o diretor de assuntos jurídicos da APP, Mario Sergio de Souza, afirmou que a tendência é aprovar a continuidade da greve na assembleia do dia 5 de maio.
Andréa Bertoldi
Reportagem Local-folha de londrina
Reportagem Local-folha de londrina

