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Recuo da base pode ocorrer apenas no período eleitoral, diz analista

Apesar do "pequeno" abalo na base de apoio do governador Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa (AL) do Paraná, quando a oposição conseguiu reunir 20 votos contrários ao projeto de lei que mudou a forma do custeio da Paranaprevidência, o grupo ligado ao Executivo deve continuar mandando no placar da Casa.

De acordo com o cientista político e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Emerson Cervi, pode haver alguma revolta de maior impacto na base governista, "se houver", quando estiver mais próximo o período eleitoral de 2016, com as eleições municipais. "Então, aqueles deputados que vão participar do processo eleitoral, tendo que ir para as ruas podem ter uma mudança de posição. Até lá, é cômodo ficar na base, com as vantagens de ter projetos aprovados e verbas para a região, embora não devesse ser essa a forma de atuação do parlamentar."

A violenta repressão da Polícia Militar (PM) contra os manifestantes, no Centro Cívico, arranhou o Palácio Iguaçu e levou desconforto para os parlamentares que votaram a favor do projeto na quarta-feira, tanto que muitos contrariaram a tradição e passaram o final de semana na capital, evitando o contato com as domicílios eleitorais no interior do Estado. Sobre as consequências políticas para quem continua fiel a Beto, Cervi afirmou que são pequenas. "O que acontece dentro da Assembleia Legislativa está distante do dia a dia da maioria da população. É algo muito técnico."

De acordo com o professor Emerson Cervi, quando o debate é polêmico, como a Paranaprevidência, tem deputado que prefere não se arriscar. "É normal. Pelo que já vimos em outras assembleias e na Câmara Federal, existe uma redução na base de apoio no momento daquele discussão, mas depois ela volta a apoiar com intensidade." Ontem a oposição viu que não teria condições de aprovar requerimentos que pediam investigação sobre os atos da semana passada e os retirou de pauta.
Edson Ferreira
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA

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