Congresso promove debate sobre os 'inimigos ocultos' da lavoura
Problemas com nematoides aumentam ano após ano; evento discute manejo integrado e sustentável

Evento reúne aproximadamente 400 participantes entre professores, pesquisadores, estudantes, técnicos e extensionistas
Considerados os "inimigos ocultos" principalmente dos produtores de soja, milho e algodão, os nematoides podem agir como pragas que atacam diretamente as raízes das plantas e trazem prejuízos significativos de produtividade e, claro, financeiros. Debater os problemas emergentes e as perspectivas dos nematoides no País é o principal objetivo do Congresso Brasileiro de Nematologia, que começou ontem em Londrina e segue até sexta-feira, dia 19.
O evento - promovido pela Sociedade Brasileira de Nematologia e organizada pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Embrapa Soja, Universidade Estadual de Maringá (UEM) e GDM Seeds – reúne aproximadamente 400 inscritos entre professores, pesquisadores, estudantes de graduação e pós, além de técnicos e extensionistas que trabalham na área. O congresso conta com 23 palestrantes, incluindo profissionais de outros países como Estados Unidos, Argentina e França.
A presidente do congresso e pesquisadora da área de proteção de plantas do Iapar, Andressa Cristina Zamboni Machado, ressaltou que problemas estão surgindo e precisam ser debatidos adequadamente para dar uma resposta aos produtores. "Precisamos focar nos novos nematoides que estão aparecendo na cultura da soja. Há algumas espécies que ainda não entendemos se estão causando dano ou não, mas que estão surgindo com muita frequência e aumentando de população. Temos também situações ligadas à variabilidade genética dos nematoides, que quebram a resistência de variedades de soja que são lançadas. Além disso, vamos debater legislação ambiental, as muitas lacunas na lei e inclusive convidamos uma equipe do Mapa que vem para nos ajudar neste cenário", salientou a pesquisadora.
No Paraná, Andressa relatou que os produtores ainda não olham para os nematoides com muito cuidado como acontece nos estados do Cerrado brasileiro, mas aqui também há uma influência na produtividade da soja. "O sojicultor está produzindo entre 50 e 60 sacas por hectare e não vê essa queda, quando ele poderia, por exemplo, produzir 10% a mais. Temos discutido estratégias de manejo, novas variedades resistentes, uso de produtos químicos que não sejam tão agressivos ao meio ambiente e que sejam mais eficientes para controlar o nematoide. Temos plantas para serem usadas na rotação de cultura. Isso tudo está se discutindo no congresso, um manejo integrado e sustentável".
Neste ano, 184 trabalhos estão expostos no congresso, número superior aos 120 de anos anteriores. Para a pesquisadora, a atenção é necessária, já que os casos de problemas com a praga aumentam ano após ano. "Temos que conscientizar o produtor que o problema é sério e que se ele não fizer o uso das ferramentas de manejo, terá perdas. É preciso adotar um sistema produtivo mais sustentável para eliminar os nematoides, mas que haja uma convivência de forma eficiente", complementou a presidente do congresso.
O evento - promovido pela Sociedade Brasileira de Nematologia e organizada pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Universidade Estadual de Londrina (UEL), Embrapa Soja, Universidade Estadual de Maringá (UEM) e GDM Seeds – reúne aproximadamente 400 inscritos entre professores, pesquisadores, estudantes de graduação e pós, além de técnicos e extensionistas que trabalham na área. O congresso conta com 23 palestrantes, incluindo profissionais de outros países como Estados Unidos, Argentina e França.
A presidente do congresso e pesquisadora da área de proteção de plantas do Iapar, Andressa Cristina Zamboni Machado, ressaltou que problemas estão surgindo e precisam ser debatidos adequadamente para dar uma resposta aos produtores. "Precisamos focar nos novos nematoides que estão aparecendo na cultura da soja. Há algumas espécies que ainda não entendemos se estão causando dano ou não, mas que estão surgindo com muita frequência e aumentando de população. Temos também situações ligadas à variabilidade genética dos nematoides, que quebram a resistência de variedades de soja que são lançadas. Além disso, vamos debater legislação ambiental, as muitas lacunas na lei e inclusive convidamos uma equipe do Mapa que vem para nos ajudar neste cenário", salientou a pesquisadora.
No Paraná, Andressa relatou que os produtores ainda não olham para os nematoides com muito cuidado como acontece nos estados do Cerrado brasileiro, mas aqui também há uma influência na produtividade da soja. "O sojicultor está produzindo entre 50 e 60 sacas por hectare e não vê essa queda, quando ele poderia, por exemplo, produzir 10% a mais. Temos discutido estratégias de manejo, novas variedades resistentes, uso de produtos químicos que não sejam tão agressivos ao meio ambiente e que sejam mais eficientes para controlar o nematoide. Temos plantas para serem usadas na rotação de cultura. Isso tudo está se discutindo no congresso, um manejo integrado e sustentável".
Neste ano, 184 trabalhos estão expostos no congresso, número superior aos 120 de anos anteriores. Para a pesquisadora, a atenção é necessária, já que os casos de problemas com a praga aumentam ano após ano. "Temos que conscientizar o produtor que o problema é sério e que se ele não fizer o uso das ferramentas de manejo, terá perdas. É preciso adotar um sistema produtivo mais sustentável para eliminar os nematoides, mas que haja uma convivência de forma eficiente", complementou a presidente do congresso.
Victor Lopes
Reportagem Local-folha de londrina
Reportagem Local-folha de londrina

