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Conta de luz vai subir 15,32% na média no Paraná


Reajuste foi aprovado ontem pela Aneel; aumento vai atingir 4,3 milhões de unidades consumidoras

A conta de luz dos consumidores residenciais do Paraná deve ficar 14,62% mais cara a partir de 24 de junho. O reajuste foi aprovado ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e se refere à correção anual normal prevista no contrato de concessão da distribuidora. O aumento vai atingir 4,3 milhões de unidades consumidoras, sendo 3,2 milhões de consumidores residenciais.

As indústrias, que são enquadradas na categoria de alta tensão, terão um reajuste médio de 15,61%. A média para baixa tensão, que inclui, além dos consumidores residenciais, a classe de consumidores rurais, cooperativas de eletrificação, serviços públicos e comércio de porte menor, será de 15,09%. Na média geral, o reajuste será de 15,32%. Para entrar em vigor, o aumento depende do aval do governador Beto Richa, que ontem estava em Brasília, e não tinha se manifestado sobre o assunto até o fechamento desta edição. "A nossa expectativa é que o governador aprove o aumento", disse o presidente da Copel Distribuição, Vlademir Daleffe.

Este foi o segundo reajuste autorizado pela Aneel neste ano. Em março, começou a valer uma alta de 36,8%, em média. Foi um reajuste extraordinário, permitido pela agência para compensar custos que as distribuidoras tiveram de absorver dos encargos que no ano passado eram bancados pelo tesouro e o custo extra para a compra de energia de Itaipu.

O reajuste repõe percentuais que haviam sido autorizados à Copel em 2013 e 2014, mas que foram diferidos, ou seja, não foram aplicados e deixados para o futuro. Em junho de 2013, a estatal foi autorizada a aplicar um reajuste de 14,61%. O governo do estado pediu que o aumento fosse cancelado e, em negociação com a Aneel, acertou o diferimento de uma parcela de 5%.

No ano passado, o reajuste médio aprovado foi de 35%. Novamente, o governo do estado pediu um diferimento, desta vez de 10,1%. Na ocasião, o governador tinha afirmado em redes sociais que foi pego de surpresa com o aumento.

Segundo Daleffe, do total de reajuste autorizado pela Aneel, apenas 0,34% são referentes a custos operacionais da Copel que incluem gastos com pessoal e materiais, remuneração do capital da companhia e uma parcela para fazer frente aos investimentos em decorrência da depreciação dos ativos da estatal. O restante da composição do índice de reajuste, de acordo com ele, é a Parcela A formada por custos com contratos de energia, encargos setoriais e a utilização das termelétricas.

Ele afirmou que o aumento médio de 15,32% é necessário para o pagamento de compromissos assumidos pela Copel. Sem este reajuste, a empresa teria que fazer empréstimos para manter a qualidade e os níveis de investimento, segundo ele. "Com esse aumento, a empresa vai reiniciar a recomposição da receita. O aumento será importante para o caixa da empresa", disse. No primeiro trimestre do ano, a empresa teve lucro de R$ 470 milhões, 19,4% menor que no mesmo período de 2014.

Consumidor

O aumento integral deve ser percebido na conta do consumidor a partir da fatura de agosto. Os clientes não gostaram nada do aumento. O técnico em eletrônica, Adriano Gonçalves, disse que o reajuste "é um absurdo". Este mês ele instalou sensores em casa para que a luz apague automaticamente sempre que uma pessoa sair de um ambiente. Também comprou lâmpadas mais econômicas. O investimento nos sensores foi de R$ 400. O microempresário José Luiz Vieira disse que tem desligado tudo que fica sem uso em casa como lâmpadas, computador e micro-ondas para economizar.
Andréa Bertoldi
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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