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'El Niño' deixa inverno mais úmido na região

Previsão do Simepar é de que a estação seja mais chuvosa e com temperaturas um pouco acima da média

Marcos Zanutto
Após recorde de 135mm de precipitação na sexta-feira, deve voltar a chover em Londrina no início da semana
Os casacos vão ganhar a companhia de guarda-chuvas e galochas durante o mês de julho. Graças ao fenômeno El Niño e seus efeitos nas águas do Oceano Pacífico, a previsão é de que o inverno seja mais chuvoso que a média esperada para o período no Sul do Brasil. O "dilúvio" que caiu sobre Londrina nos últimos dias foi uma amostra do que a população pode esperar até o fim da estação. Apenas anteontem, o Simepar registrou a precipitação de 135 mm, um recorde para o mês de julho, quando era esperado chover 70 mm durante os 31 dias. Em Cianorte, na região de Maringá, chegou a chover 180 mm.

As informações são do meteorologista Paulo Barbieri, do Simepar, que avisa também que este domingo será de frio na região Norte do Estado. Pela manhã, os termômetros devem marcar 8 graus em Londrina, com máxima de 18 graus durante o dia. Amanhã as temperaturas começam a subir, com mínima de 10 e máxima de 20 graus. A previsão, porém, é de que as temperaturas fiquem ligeiramente acima da média na estação. A chuva volta a cair no início da semana e, segundo

Barbieri, o clima deve manter este comportamento até o fim do inverno. "As frentes frias entram a cada sete dias, em média. Quando perdem a força, a previsão é que tenha chuva e logo depois volte a esfriar", explica.

Para as famílias que estão com crianças em férias, a previsão de um inverno mais chuvoso foi um verdadeiro "balde de água fria". Avisada pela reportagem sobre a previsão do tempo, a dona de casa Magda Camillo, mãe de dois filhos de 8 e 17 anos, disse que o destino das férias, nos dias mais úmidos, acabaria sendo os shoppings. "Não tem muito o que fazer. E com a crise, não estamos pensando em viajar", avisou ela, que garantiu gostar muito dos dias frios, desde que sejam ensolarados. "Chuva é bom no verão", define.

A agente comunitária Gislaine Aparecida Ramos se assustou com a queda das temperaturas, já ontem de manhã, e aproveitou o sábado para andar pelo comércio em busca de agasalhos "mais quentinhos" para a filha Ana Luiza, 6. "A gente até procura se preparar para o frio, comprando agasalhos, mas com relação à chuva não tem muito o que fazer, a não ser ficar em casa", diz.

Já o aposentado Inácio Floriano da Silva aproveitou a rápida "estiagem" para dar uma volta no Calçadão ontem de manhã. "Não gosto do inverno porque prefiro tomar banho frio. Água quente não uso jamais", conta ele, que apela para os agasalhos para enfrentar as baixas temperaturas na hora de sair de casa.

Aeroporto

Depois de passar mais de um dia fechado para pousos e decolagens, o Aeroporto Governador José Richa, em Londrina, voltou a operar por instrumentos às 5h50 da manhã de ontem. A normalização total, entretanto, só ocorreu às 8h44, quando o terminal passou a operar em condição visual e assim permaneceu até o início da tarde. Conforme informações da Infraero, na manhã de ontem apenas um voo para Curitiba foi cancelado. Os passageiros seguiram para a capital do Estado de ônibus.
Carolina Avansini
Reportagem Local-folha de londrina
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