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Gaeco encontra documentos no lixo, após suspeita de fraude em licitações

Material indica participação do prefeito de Ibema no esquema, diz Geaco.
Secretários e representantes de empresas foram presos no dia 19 de junho.

Do G1 PR, com informações da RPC Cascavel
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) recolheu documentos da Prefeitura de Ibema, no oeste do Paraná, jogados no lixo. Os papéis, que estavam destruídos, foram descartados por ordem do prefeito Antonio Borges Rabel (DEM), segundo o Gaeco, após a investigação de um esquema de fraude na compra de medicamentos. Há duas semanas, secretários municipais foram presos.
Entre os documentos que estavam no lixo, foram encontradas notas fiscais e recibos de pagamentos das empresas que são suspeitas de participar do esquema de desvio de dinheiro na Secretaria Municipal de Saúde de Ibema.

Os documentos vão servir de prova no inquérito e, segundo o delegado, o material indica a participação do prefeito no esquema. “Já concluí o inquérito, agora foi encaminhado uma via ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), porque ele tem foro privilegiado por ser prefeito, e cabe ao TJ-PR determinar as próximas demandas solicitadas”, explica Nóbrega.
O Gaeco chegou até os papéis após uma denúncia anônima. “Nós acabamos encontrando toda essa documentação destruída junto a residência de um primo do prefeito, que é o responsável pela coleta de lixo na cidade. Esse lixo estava sendo destinado ao aterro no intuito de destruir essas provas”, afirma o delegado do Gaeco, Thiago Nóbrega.
Rabel foi procurado pela reportagem, mas não quis dar entrevista para falar sobre o caso.
Além da suspeita de fraude em licitações, segundo as investigações do Gaeco, as três empresas também forneciam medicamentos com data de validade vencida e entregavam menos medicamentos do que os contratados.
As investigações também apontam que, no esquema, a Secretária Municipal de Saúde recebia propina e ainda revendia os medicamentos vencidos para farmácias da cidade.
Eunice e a assessora dela continuam presas. Já Schefer e os representantes das empresas foram liberados.
Desde 2013, calcula-se que o grupo tenha desviado mais de R$ 1 milhão com os contratos fraudulentos. Os advogados dos envolvidos não foram localizados.
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