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Polícia investiga ataque com taco de beisebol e pontapés a gays no DF

Imagem mostra vítima caindo no chão após levar socos e chutes no rosto.
Um dos rapazes agredidos diz que chegou a pensar que ataque era assalto.

Raquel MoraisDo G1 DF
Quando eu identifiquei que um deles estava com um taco de beisebol, aí eu já imaginei que aquilo não era um assalto. E por se tratar de um grupo com quatro homossexuais, eu imaginei que poderia ser um ataque homofóbico. E a primeira reação da gente foi tentar se defender"
Vítima
A Polícia Civil do Distrito Federal procura quatro homens que atacaram com socos, pontapés e um taco de beisebol jovens que voltavam de uma boate na madrugada do último sábado (4). Imagens do circuito de segurança do bloco B da 216 Norte, em Brasília, flagraram parte da agressão. Ninguém foi preso até a publicação desta reportagem. As vítimas são gays e dizem acreditar que houve motivação homofóbica.
O vídeo mostra dois garotos tentando se esconder no prédio. Os quatro agressores os alcançam em seguida, com a ajuda de uma menina que aponta a localização deles, e começam a atacá-los. Uma das vítimas encurva o corpo enquanto tenta proteger a cabeça dos socos. A outra cai no chão após levar golpes e chutes no rosto.
Em seguida, um dos agressores dá joelhadas na cabeça do rapaz que dobrou o corpo e depois parte para o outro menino. Ele é interrompido por um dos jovens que o acompanhava. No canto, uma das vítimas passa a mão no rosto e depois diz algo ao homem, que ameaça voltar a atacá-la.

"Quando eu identifiquei que um deles estava com um taco de beisebol, aí eu já imaginei que aquilo não era um assalto. E por se tratar de um grupo com quatro homossexuais, eu imaginei que poderia ser um ataque homofóbico. E a primeira reação da gente foi tentar se defender", explica o rapaz.
Preferindo não se identificar, um dos garotos atacados conta que inicialmente suspeitou de assalto. "A gente estacionou o carro, a gente desceu, e um grupo de quatro homens e uma mulher começou a gritar, como se fosse um assalto. E, a princípio, achei mesmo que seria um assalto", lembra.
Segundo ele, o grupo se dividiu na tentativa de fuga, mas ele e o colega foram alcançados dentro do prédio. As agressões duraram cerca de três minutos. O garoto afirma que pedia para que o grupo parasse, sem sucesso.
Uma das vítimas teve ferimentos na cabeça, no braço e nas costas. A outra também reclama de dores na cabeça.
O crime aconteceu por volta das 4h. Os rapazes afirmam que não conheciam os agressores, que aparentam ter entre 23 e 29 anos. O grupo fugiu de carro. O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Polícia.
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