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Justiça bloqueia bens de deputado acusado de contratar fantasma

Pastor Edson Praczyk (PRB) e funcionário da Alep são réus em processo.
MP pediu que R$ 308 mil dos dois fiquem à disposição da Justiça.

Do G1 PR, com informações da RPC
A Justiça do Paraná mandou bloquear R$ 308.403,60 dos bens do deputado estadual Pastor Edson Praczyk (PRB) e do funcionário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) Luis Alberto de Lima. Os dois são acusados de terem usado os documentos de uma fiel da igreja do deputado para contratá-la na Alep.
O bloqueio foi feito a pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que investiga o caso. Para os promotores, a medida pode garantir que, quando o caso for julgado, os dois poderão arcar com a devolução do dinheiro aos cofres públicos, se forem condenados.
Tanto o deputado, quanto Lima, disseram que não tinham conhecimento da denúncia do Ministério Público. Em função disso, nenhum deles quis se manifestar.

Ao longo de cinco anos, a funcionária fantasma foi nomeada e exonerada, sendo nomeada por três vezes. O dinheiro do salário dela caía nas contas do então assessor do deputado. No total, com essa manobra, o parlamentar e o assessor ficaram com R$ 35 mil desviados do dinheiro público, dizem os promotores.
O caso

De acordo com a denúncia, Lima pediu os documentos de uma fiel que passava por uma crise financeira com o pretexto de abençoar a mulher. Depois de entregar a documentação, ela passou a ser funcionária fantasma do gabinete do parlamentar.
Mulheres de pastores
Além dessa denúncia, o deputado responde a outra, pela qual é acusado de contratar, também como funcionárias fantasmas, mulheres de pastores da igreja evangélica da qual participa. Conforme o MP-PR, o deputado é suspeito de receber os valores em nome das mulheres contratadas por ele na Alep.
O caso investigado aconteceu entre os anos de 2001 e 2003, quando ele cumpria o primeiro mandato na Casa. O deputado nega as irregularidades.
Para manter a fraude, conforme a promotoria, o deputado usava uma funcionária da Assembleia, que trabalha com ele até hoje, embora esteja lotada em outro gabinete. Ela possuía autorização e procurações para movimentar as contas bancárias de todos os servidores do gabinete do deputado, incluindo os fantasmas.
Dentre os poderes que a funcionária detinha estava a solicitação de extratos, conferência de saldos e juros, alteração de senhas, retirada de cartões de débito, requisição e assinatura de cheques, além e de depósito e saque de qualquer quantia.
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