Crise de refugiados é obra da Europa, diz ditador sírio
Bashar al-Assad afirma que apoio das nações ocidentais europeias aos grupos insurgentes na Síria provocou a onda migratória

Garoto caminha em campo de refugiados na fronteira entre a Turquia e Iraque: mais de 400 mil pessoas tentaram entrar na Europa neste ano
São Paulo - O ditador sírio, Bashar al-Assad, atribuiu a nações ocidentais a responsabilidade pela crise de refugiados devido ao apoio que esses países têm dado a grupos insurgentes no contexto da guerra civil na Síria. Em entrevista divulgada ontem por meios de comunicação russos, Assad disse que se os países da Europa "se importam com eles [refugiados], deveriam parar de apoiar terroristas". "A Europa chama de ‘moderados’ os terroristas e os divide em grupos, quando, na realidade, são todos extremistas", afirmou. "Isso é o que pensamos sobre a crise. Essa é a essência de todo o problema dos refugiados."
A guerra civil na Síria, que já deixou mais de 220 mil mortos, deu origem à principal crise de refugiados desde a Segunda Guerra. Desde o início do conflito, em 2011, mais da metade dos cerca de 20 milhões de habitantes desse país árabe foi forçada a deixar suas casas. Cerca de 7,6 milhões fugiram para outras partes da Síria, enquanto 4 milhões se refugiaram em outros países, principalmente os vizinhos Turquia, Líbano e Jordânia. Uma pequena parte desses refugiados tenta ir à Europa, contribuindo para o agravamento da crise migratória que afeta esse continente.
Segundo o Acnur (Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), mais de 411 mil pessoas atravessaram o Mediterrâneo para tentar entrar na Europa desde o início do ano. A maioria dessas pessoas está fugindo do agravamento do conflito na Síria, e alguns deixaram campos de refugiados em outros países do Oriente Médio, onde este ano o Programa Mundial de Alimentos teve de reduzir à metade sua assistência alimentar devido ao cortes de verbas.
A polícia húngara reprimiu com gás lacrimogêneo e jatos d’água os protestos de refugiados que tentavam avançar em direção ao país perto do principal posto da fronteira com a Sérvia ontem. Centenas de soldados da tropa de choque, acompanhados por unidades contra-terroristas e veículos blindados avançaram contra a multidão, que se concentra do lado sérvio, perto da cidade de Horgos. O país avisou a Sérvia que, após o tumulto, deixará a passagem fechada por 30 dias. Segundo a polícia, imigrantes "agressivos" tentaram avançar contra a cerca que separa os dois países, um dia depois da entrada em vigor de penas mais duras contra refugiados que querem passar pela Hungria e se estabelecer na União Europeia (UE). O tumulto na fronteira ocorreu depois que centenas de refugiados bloquearam a estrada que liga os dois países pedindo a permissão para cruzar o território.
A guerra civil na Síria, que já deixou mais de 220 mil mortos, deu origem à principal crise de refugiados desde a Segunda Guerra. Desde o início do conflito, em 2011, mais da metade dos cerca de 20 milhões de habitantes desse país árabe foi forçada a deixar suas casas. Cerca de 7,6 milhões fugiram para outras partes da Síria, enquanto 4 milhões se refugiaram em outros países, principalmente os vizinhos Turquia, Líbano e Jordânia. Uma pequena parte desses refugiados tenta ir à Europa, contribuindo para o agravamento da crise migratória que afeta esse continente.
Segundo o Acnur (Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), mais de 411 mil pessoas atravessaram o Mediterrâneo para tentar entrar na Europa desde o início do ano. A maioria dessas pessoas está fugindo do agravamento do conflito na Síria, e alguns deixaram campos de refugiados em outros países do Oriente Médio, onde este ano o Programa Mundial de Alimentos teve de reduzir à metade sua assistência alimentar devido ao cortes de verbas.
REPRESSÃO
A polícia húngara reprimiu com gás lacrimogêneo e jatos d’água os protestos de refugiados que tentavam avançar em direção ao país perto do principal posto da fronteira com a Sérvia ontem. Centenas de soldados da tropa de choque, acompanhados por unidades contra-terroristas e veículos blindados avançaram contra a multidão, que se concentra do lado sérvio, perto da cidade de Horgos. O país avisou a Sérvia que, após o tumulto, deixará a passagem fechada por 30 dias. Segundo a polícia, imigrantes "agressivos" tentaram avançar contra a cerca que separa os dois países, um dia depois da entrada em vigor de penas mais duras contra refugiados que querem passar pela Hungria e se estabelecer na União Europeia (UE). O tumulto na fronteira ocorreu depois que centenas de refugiados bloquearam a estrada que liga os dois países pedindo a permissão para cruzar o território.
Folhapress-FOLHA DE LONDRINA


