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Prefeito e vereador de Mandirituba se envolvem em tumulto após sessão

Eles tiveram de assinar termo circunstanciado em batalhão de polícia.
TCE quer que prefeito Onildo Gelatti e organização devolvam R$ 2,2 milhões.

Do G1 PR
O Prefeito de Mandirituba, Onildo Gelatti (PTB), e um vereador do município foram encaminhados a um batalhão de polícia após uma confusão na saída de uma sessão da Câmara Municipal, na noite de terça-feira (1º). O prefeito alega que foi ao local para questionar o vereador, que é da oposição, por conta de “falsas acusações”.
A confusão ocorreu na saída do teatro onde ocorrem as sessões da Câmara. Houve trocas de xingamentos, discussões, e empurrões. Ambos tiveram de assinar um termo circunstanciado no município vizinho de Fazenda Rio Grande para serem liberados.
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Mandirituba informou que o prefeito costuma acompanhar algumas sessões da Câmara, e que foi provocado quando chegava ao local, já no fim da sessão, o que gerou a reação agressiva.

Entre as irregularidades apontadas no relatório estão pagamentos de R$ 42 mil por quimioterapias e radioterapias prestadas por uma clínica chamada Palu e Gelatti, com endereço que remete à própria casa do prefeito. “Na minha casa não funciona clínica. Funcionou, essa é a diferença. No começo do meu mandato”, justificou o prefeito Onildo Gelatti.
Relatório

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) quer que Onildo Gelatti (PTB), e uma organização social, devolvam R$ 2.223.000 aos cofres públicos. A cifra corresponde a serviços de saúde que foram pagos entre 2013 e 2015, mas que, segundo auditoria do tribunal, nunca foram prestados.
Os auditores do TCE-PR ainda apontam pagamentos de R$ 149 mil ao filho do prefeito, Maurício Gelatti, que também é médico. Sobre este fato, o Onildo Gelatti disse que não autorizou os pagamentos. “Muitas coisas que vêm aqui eu sei, e muitas coisa que vêm aqui eu não sei”, disse. Conforme o prefeito, os pagamentos foram feitos por uma organização social contratada pela prefeitura.
“Quem fez isso aí foi a Confiancce, eles têm que se explicar”, afirmou o prefeito. A Confiancce, que é uma organização privada que faz parcerias com várias prefeituras do estado, aparece como intermediária em diversos pagamentos suspeitos. Em Mandirituba, foram mais de R$ 6 milhões para contratação de serviços médicos, muitos deles não prestados.
O filho do prefeito, Maurício Gelatti, disse que foi colocado como prestador de serviços da prefeitura pelo Instituto Confiancce sem que tivesse conhecimento ou dado autorização. Afirmou ainda que todo o dinheiro que recebeu foi repassado para outros médicos, que prestaram os serviços contratados.
O advogado Juliano Campelo, que defende o Instituto Confiancce, informou que a organização ficou em Mandirituba entre dezembro de 2013 e agosto de 2014. Afirmou ainda que contratou médicos que prestaram plantões na clínica Palu e Gelatti, e que as notas dos serviços prestados eram emitidas diretamente para a Prefeitura de Mandirituba.
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