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Além da falta de pessoal, universidade de Maringá tem 40 obras paralisadas

Apesar da importância no desenvolvimento socioeconômico do Paraná, instituições não têm o tratamento que merecem”, diz deputado Tercilio Turini

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) tem 40 obras paralisadas, 20 delas de grande porte. São prédios de salas de aula, laboratórios, centro de convenções e teatro, entre outras unidades, que deveriam estar atendendo atividades acadêmicas e de serviços à comunidade. Esse é um dos principais problemas da instituição, juntamente com a necessidade de reposição de servidores técnico-administrativos e a regularização do repasse de recursos de custeio.

Dados apresentados a deputados estaduais da Comissão de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da Assembleia Legislativa do Paraná revelam que a UEM precisa de investimentos de R$ 150 milhões para concluir as construções e solucionar as deficiências de infraestrutura. “O maior desafio hoje é resolver a questão das obras inacabadas. Temos 20 obras contratadas com empresas, aguardando recursos. Mas outras 20 sem qualquer perspectiva de retomada”, disse o reitor Mauro Luciano Baesso.

Participaram da reunião os deputados Tercilio Turini e Evandro Araujo, presidente e membro da Comissão, e Claudio Palozi, que é da região de Umuarama. A UEM tem 29.135 alunos de graduação e pós, o maior número entre as sete universidades estaduais do Paraná. São 1.641 docentes e 2.639 servidores. “Nos últimos anos a UEM vem enfrentando redução do quadro de servidores e de participação no orçamento do Estado. Mesmo assim, ampliou a oferta de cursos e recebeu mais alunos”, relatou o reitor.

Os dirigentes da UEM pediram apoio aos deputados e entregaram documento apontando a defasagem de recursos humanos e financeiros. “Apesar da grande importância no desenvolvimento socioeconômico de diversas regiões do Paraná, as universidades não têm o tratamento que merecem. Nosso compromisso é abrir espaço para a comunidade universitária expor seus problemas, criar um canal de interlocução com o governo e a sociedade, convencer os demais deputados sobre a urgência de aumentar investimentos e elaborar um plano de ações de suporte às instituições”, afirmou Tercilio Turini.

Ele destacou que em conjunto com o deputado Evandro Araujo vai apresentar projeto de lei para resgatar a autonomia dos gestores na reposição de servidores e docentes que se aposentam ou saem das universidades. “Não serão abertas novas vagas, apenas preenchidas aquelas que já existem e não estão ocupadas. Os reitores já tiveram autonomia para repor pessoal nessas condições, mas hoje dependem de decisão do governo. Queremos recuperar essa prerrogativa de gestão administrativa para as universidades porque não aumentam despesas. São funções existentes, mas não preenchidas”, ressaltou Turini.

O deputado Evandro Araujo lembrou que após as visitas às universidades será realizada audiência pública na Assembleia, reunindo representantes das universidades e da sociedade organizada. “Vamos realizar esse encontro antes da votação do orçamento de 2016 do governo do Estado, para tentar atender pelo menos parte das reivindicações das universidades”, disse. A próxima visita da Comissão será à Universidade Estadual do Norte Pioneiro (UENP), em Jacarezinho, no dia 15 de outubro.

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Tercilio Turini – (43) 9994.4535
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