Conscientização sobre câncer de mama
Campanha Outubro Rosa é lançada em evento na Câmara Municipal
Lançamento da campanha em Londrina chama a atenção para a importância da detecção precoce da doença
A Campanha Outubro Rosa, movimento mundial de conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de mama, foi lançada na tarde de ontem na Câmara Municipal de Londrina. Entre os presentes no plenário estava Marinei Ferreira Rezende, integrante do Conselho Municipal de Cultura de Paz e presidente da Sociedade Espírita de Promoção Social, que há três anos recebeu a notícia de que estava com um tumor maligno no seio. "Percebi que estava com alguma coisa diferente pelo autoexame. Notei um caroço e percebi que estava com alteração no mamilo", revelou. Ela contou que a partir dessa constatação procurou uma Unidade Básica de Saúde (UBS), realizou mais exames e o resultado veio em uma semana. "Tive de realizar a mastectomia total do seio esquerdo, mas de forma alguma achei que iria morrer", relembrou. Em maio deste ano, o tratamento à base de medicamentos realizado por Marineide terminou. "Agora estou curada", disse satisfeita.
Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o câncer de mama deve acometer cerca de 57 mil mulheres no Brasil só no ano de 2015. Trata-se do tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, respondendo por cerca de 25% dos novos casos da doença a cada ano.
O mastologista do Hospital do Câncer de Londrina (HCL) Gustavo de Assis Gobetti ressaltou que campanhas anteriores enalteceram a importância da realização do autoexame, no entanto, segundo entendimento mais recente, é importante que esse câncer seja detectado antes do surgimento dos sintomas e de alterações no corpo. "O recomendado é que as mulheres realizem a mamografia a partir dos 40 anos, mas aquelas que possuem fatores de risco como parentes que tenham sofrido da doença devem fazer esse exame a partir dos 35 anos", orientou.
Gobetti explicou que o gene supressor do câncer, o BRCA1, que reduz a probabilidade de uma célula num organismo multicelular se tornar um tumor, sofre mutação a uma taxa de 3% quando se tem 30 anos, 50% aos 50 anos e de 85% aos 70 anos. "Para se ter uma ideia, aos 70 anos, uma a cada sete mulheres pode desenvolver a doença. Trata-se da maior causa de óbito entre doenças evitáveis", expôs. Ele apontou também sobre a diferença da incidência da doença entre homens e mulheres. "Os homens também possuem câncer de mama, mas a incidência é muito menor entre eles do que entre as mulheres. Para cada homem com câncer de mama existem cem mulheres que desenvolvem a doença", relatou. "Por isso procuramos desmistificar e orientar para que as mulheres façam a avaliação quando é preciso, procurando uma unidade de saúde e pedir a mamografia", orientou. Gobetti salientou que a taxa de cura varia entre 75% e 90% quando a doença é diagnosticada precocemente.
Célia Hauly, coordenadora local do Outubro Rosa, ressaltou a importância das mulheres acima de 40 anos realizarem os exames para evitar a doença. "Elas têm o direito de realizar a mamografia e o exame clínico anualmente e o autoexame mensalmente", afirmou. Este ano ela aponta que o movimento está mais atuante. "Teremos missas e cultos rosa, caminhadas, formação de multiplicadores. Somente 20% das mulheres na faixa etária que deveriam fazer o exame preventivo o fazem", observou.
A vereadora Sandra Graça, presidente da comissão do Legislativo de Defesa dos Direitos da Mulher, ressaltou que o lançamento na Câmara é uma "singela contribuição" que o Legislativo londrinense dá para a cidade, para o Estado e para o mundo sobre a importância da prevenção do câncer de mama. "O câncer de mama tem cura. É preciso que se utilize da rede de saúde existente se cuidando e se tocando", destacou.
Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), o câncer de mama deve acometer cerca de 57 mil mulheres no Brasil só no ano de 2015. Trata-se do tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, respondendo por cerca de 25% dos novos casos da doença a cada ano.
O mastologista do Hospital do Câncer de Londrina (HCL) Gustavo de Assis Gobetti ressaltou que campanhas anteriores enalteceram a importância da realização do autoexame, no entanto, segundo entendimento mais recente, é importante que esse câncer seja detectado antes do surgimento dos sintomas e de alterações no corpo. "O recomendado é que as mulheres realizem a mamografia a partir dos 40 anos, mas aquelas que possuem fatores de risco como parentes que tenham sofrido da doença devem fazer esse exame a partir dos 35 anos", orientou.
Gobetti explicou que o gene supressor do câncer, o BRCA1, que reduz a probabilidade de uma célula num organismo multicelular se tornar um tumor, sofre mutação a uma taxa de 3% quando se tem 30 anos, 50% aos 50 anos e de 85% aos 70 anos. "Para se ter uma ideia, aos 70 anos, uma a cada sete mulheres pode desenvolver a doença. Trata-se da maior causa de óbito entre doenças evitáveis", expôs. Ele apontou também sobre a diferença da incidência da doença entre homens e mulheres. "Os homens também possuem câncer de mama, mas a incidência é muito menor entre eles do que entre as mulheres. Para cada homem com câncer de mama existem cem mulheres que desenvolvem a doença", relatou. "Por isso procuramos desmistificar e orientar para que as mulheres façam a avaliação quando é preciso, procurando uma unidade de saúde e pedir a mamografia", orientou. Gobetti salientou que a taxa de cura varia entre 75% e 90% quando a doença é diagnosticada precocemente.
Célia Hauly, coordenadora local do Outubro Rosa, ressaltou a importância das mulheres acima de 40 anos realizarem os exames para evitar a doença. "Elas têm o direito de realizar a mamografia e o exame clínico anualmente e o autoexame mensalmente", afirmou. Este ano ela aponta que o movimento está mais atuante. "Teremos missas e cultos rosa, caminhadas, formação de multiplicadores. Somente 20% das mulheres na faixa etária que deveriam fazer o exame preventivo o fazem", observou.
A vereadora Sandra Graça, presidente da comissão do Legislativo de Defesa dos Direitos da Mulher, ressaltou que o lançamento na Câmara é uma "singela contribuição" que o Legislativo londrinense dá para a cidade, para o Estado e para o mundo sobre a importância da prevenção do câncer de mama. "O câncer de mama tem cura. É preciso que se utilize da rede de saúde existente se cuidando e se tocando", destacou.
Vítor Ogawa
Reportagem Local-folha de londrina
Reportagem Local-folha de londrina
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