FUTEBOL - Melhor defesa compensa baixa produção ofensiva no Londrina
Alviceleste sofreu apenas 14 gols em 21 jogos, mas marcou somente dois nas últimas quatro partidas na Série C

Vitor considera a obediência tática dos companheiros fundamental para o sucesso defensivo do Tubarão
Não é de hoje que a defesa do Londrina é o setor mais eficiente da equipe. Entra campeonato, passa campeonato e o LEC está sempre entre os melhores sistemas defensivos. E nesta Série C não é diferente. O alviceleste sofreu apenas 14 gols em 21 jogos e tem a melhor defesa, ao lado do Vila Nova, também semifinalista.
A segurança defensiva tem compensado a baixa produtividade do ataque. O Londrina marcou 24 gols até aqui e, entre os quatro clubes que garantiram a vaga para a Série B, só está à frente do Tupi, que fez 22. O Brasil de Pelotas marcou 31 e o Vila, 27. Nas últimas quatro partidas, o LEC marcou apenas dois gols.
Na campanha vitoriosa na Série C, os jogadores mais regulares do time são todos do sistema defensivo, como o goleiro Vitor, o zagueiro Silvio e os volantes Diogo Roque e Germano. O gol que garantiu o acesso também foi marcado por quem se preocupa mais em defender: o zagueiro Luizão.
Para o goleiro Vitor, o segredo pelos números é o trabalho árduo do dia a dia e a obediência tática de todos os jogadores. "E isso acontece principalmente por parte dos atletas de frente, que não têm uma característica de marcação, mas acabam sendo obedientes a nos ajudar na defesa", ressaltou. "Isso permite ao time o equilíbrio e fica mais difícil para o adversário penetrar e criar chances de gols". O alviceleste não toma gols desde o dia 13 de setembro, no empate em 1 a 1 com o Caxias, no estádio do Café. Já são cinco partidas sem ser vazado.
ATAQUE
O Londrina vai precisar balançar as redes contra o Tupi no sábado, às 19h30, no estádio do Café, para garantir a classificação para a final. Um novo 0 a 0 leva a disputa para os pênaltis.
A baixa produtividade ofensiva nas últimas rodadas gerou reclamação até do artilheiro alviceleste. Autor de cinco gols até aqui, Bruno Batata disse, após a partida de ida em Juiz de Fora, que o time tem criado pouco e a bola não tem chegado com qualidade ao ataque. O último gol do centroavante foi justamente contra o Tupi ainda na primeira fase. Ele não marca há quatro jogos.
Um dos responsáveis pela armação do time, o meia Zé Rafael credita essa dificuldade a uma melhor qualidade técnica dos adversários nestas fases finais, o que torna os confrontos muito mais equilibrados. "O nosso time está focado em fazer o que tem que ser feito, que é passar pelas fases, se classificar e ser campeão, independente se a vitória é por 5 a 0 ou 1 a 0", apontou. No fim, vale muito mais ser competitivo do que dar espetáculo. "Melhor é você ser objetivo do que acabar dando obstáculo, que às vezes não te leva a lugar algum. Qualquer resultado positivo é o que vale".
Lucio Flávio Cruz
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA