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Jovem do DF sobrevive após cair do 5º andar, perder memória e ter fraturas

Tiago Rodrigues se feriu no braço, no fêmur, na bacia e no pulmão.
De cadeiras de rodas, ele diz estar vivo por 'uma sequência de sortes'.

Raquel MoraisDo G1 DF
Um jovem médico de Brasília ganhou uma segunda chance na vida após sobreviver a uma queda do quinto antar de um prédio – uma queda de 18 metros. Mesmo tendo quebrado o braço esquerdo, fraturado o fêmur, a bacia, o nariz e ter sofrido um achatamento do pulmão, Tiago Rodrigues diz ter passado por “uma sequência de sortes”.
O acidente ocorreu em 10 de dezembro, na quadra 316 da Asa Norte às 3h. Na hora, a namorada dele e mais três amigos faziam uma confraternização de fim de ano. Então Rodrigues decidiu “tomar um ar” na sacada e se desequilibrou.
“Eu acho que se eu tivesse caído do quarto andar talvez eu não tivesse sobrevivido porque como eu acho que eu caí pra trás, girei antes de bater no chão”, afirmou o jovem de 26 anos. “Se eu tivesse caído do quarto andar talvez eu não conseguisse girar completamente, e caísse de cabeça.”

O médico foi levado pelo Samu ao Hospital de Base. Apesar do estado grave de saúde, ele não conseguiu atendimento na unidade. “Você chegar acidentado do nível de acidente que eu estava, chegar num hospital que é o maior hospital público da capital de um país e eles virarem e dizer que não tem uma tomografia disponível para saber se tem alguma lesão de crânio, uma lesão abdominal, é complicado.
Ele alega não lembrar nada do ocorrido. “A minha última lembrança do local do acidente foi eu entrando na varanda e a partir daí eu só lembro de eu na segunda ambulância indo para o segundo hospital”, conta. “Eu caí entre uma calçada e uma pedra, exatamente no lugar onde não tinha nada, era só grama.”
Amigos e um professor da faculdade de medicina conseguiram uma vaga para o jovem em um hospital particular do Lago Sul. Lá ele colocou uma placa e 14 parafusos no fêmur, operou o braço e o nariz. “Meu nariz era torto para o lado esquerdo. Eu caí então quebrou do outro lado. Boa parte do pessoal que foi me visitar disse que estava melhor então falei que não precisava mexer”, brinca.
Precisando da ajuda de amigos para se locomover, Rodrigues ainda vai passar três meses na cadeira de rodas. “Acho que o mais importante foi eu não ter morrido e eu não ter tido nada muito grave. Isso aí já vale tudo”, pondera. Para a namorada, Marianna Santos, foi um milagre ele ter sobrevivido. “Não tem explicação. Foi a mão de Deus ali.”
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