Mais de 80 mil motoristas do Paraná perderam o direito de dirigir em 2015
Pontos acumulados ficam registrados por um ano na carteira de habilitação.
Parte dos condutores acha que infrações são zeradas com a virada de ano.
Mais de 80 mil paranaenses perderam o direito de dirigir em 2015. Esse número pode ser ainda maior em 2016, pois os pontos acumulados, por causa de infrações de trânsito, não zeram de um ano para o outro.
O abuso de velocidade é uma das principais infrações cometidas pelos motoristas. Um condutor que não quis se identificar, diz que coleciona multas por excesso de velocidade e já recebeu 17 pontos na carteira.
E o motorista que pensa que os pontos são zerados com a virada do ano, está engando. Os pontos valem por 12 meses a partir da data que o motorista cometeu a infração.
“Hoje eu olho bastante para o velocímetro do que para o pedal do acelerador. Dirijo sempre abaixo do limite de velocidade para não problema. Porque sem habilitação eu não consigo trabalhar”, constata o condutor.
Por exemplo, um motorista levou duas multas, uma em outubro (3 pontos) e outra em novembro (4 pontos). Os pontos da primeira multa só vão ser baixados em outubro de 2016. Após isso, o documento continua com os pontos da segunda infração (4 pontos) que só serão zerados um mês depois, em novembro.
Para quem atinge os 20 pontos, não tem jeito. O motorista é notificado e pode até apresentar defesa. Se a justificativa não for aceita, ele tem de entregar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ao Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) e fazer um curso de reciclagem para receber o documento de volta. Até o fim do processo, nada de dirigir. O condutor que for pego ao volante com carteira suspensa terá o documento cassado.
“São dois anos sem poder dirigir. Depois desse período a pessoa terá que fazer o curso de reciclagem, e na sequência, uma reabilitação de condutor. Ou seja, terá que fazer todos os exames necessários para uma primeira habilitação. O motorista vai ter que começar do zero”, explica o instrutor Flávio Sereia.
FONTE - GLOBO.COM