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Morte por dengue no litoral é a primeira no Paraná em 2016

Vítima é uma mulher de 25 anos, de Paranaguá, que teve os primeiros sintomas no domingo; óbito também é o primeiro do atual ciclo epidemiológico

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Informação de que a paciente não tinha histórico da doença será investigada em novos exames

Paranaguá - O litoral paranaense está em alerta devido a tríplice ameaça do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e zika. Dois dias após a Secretaria do Estado da Saúde (Sesa) confirmar epidemia de dengue pela primeira vez em Paranaguá, a cidade litorânea registrou a morte de uma jovem de 25 anos, o primeiro óbito provocado pela doença neste ano e também no novo ciclo epidemiológico que vai do mês de agosto de 2015 até julho de 2016. Em nota, a Sesa informou que a mulher faleceu no início da manhã de ontem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional do Litoral, localizado em Paranaguá.
Na avaliação da secretaria, a paciente recebeu assistência ambulatorial e hospitalar adequada para o caso, mas não resistiu ao agravamento do quadro clínico da doença. A vítima manifestou os primeiros sintomas de dengue no último domingo e foi atendida no Pronto Atendimento 24 horas da Vila Divineia, em Paranaguá. A paciente foi medicada, estabilizada e recebeu alta. No entanto, após dois dias, o quadro da paciente piorou e ela procurou atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), sendo encaminhada depois de exames para o hospital. Ainda conforme a Sesa, a jovem apresentou insuficiência renal e não respondeu ao tratamento na UTI. "A princípio, a paciente não tinha histórico da doença, mas essa informação só deve ser confirmada durante a investigação do óbito", afirmou o diretor-geral da Sesa e secretário estadual da Saúde em exercício, Sezifredo Paz.
De acordo com ele, a situação em Paranaguá é preocupante, pois é a primeira vez que a cidade enfrenta uma epidemia. "As pessoas adquirem imunidade aos tipos da doença quando infectadas e ficam menos vulneráveis. Além disso, a população é mais consciente dos riscos da dengue e do que é necessário para eliminar os criadouros em municípios com histórico de epidemias", comentou. Ele lembrou que a proliferação do vetor ocorreu rapidamente em Paranaguá e elevou o número de casos em três semanas. "Já realizamos a capacitação das equipes da Saúde e o fumacê nas ruas do município. Neste sábado, ações educativas também serão realizadas para que a população possa colaborar com limpeza da cidade e no combate aos criadouros do mosquito", informou.
A Sesa ainda deve instalar um hospital de campanha em Paranaguá para realizar a triagem dos casos durante o atendimento dos moradores. "No ano passado, o governo destinou cerca de R$ 2,5 milhões para ações no litoral. Novos recursos para o combate da dengue devem ser confirmados nas próximas semanas", adiantou.
Segundo o último boletim estadual divulgado na terça-feira, Paranaguá tem 491 casos de dengue confirmados desde agosto do ano passado. Em todo o Estado, 1.726 casos já foram confirmados até a primeira semana de janeiro. Além da cidade litorânea, os municípios de Munhoz de Mello, Santa Isabel do Ivaí, Itambaracá e Guaraci também estão com epidemias confirmadas nas regiões Noroeste, Norte e Norte Pioneiro do Estado.
Rafael Fantin
Reportagem local-folha de londrina
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