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Nevasca histórica mata 33 pessoas nos EUA

Tempestade cobriu de neve o leste do país, afetando 85 milhões de pessoas; acúmulo recorde de gelo foi de 76 cm no Central Park

Mandel Ngan/AFP
Em Washington, as escolas públicas e os serviços administrativos ficaram fechados ontem para facilitar a reabertura das vias e evitar acidentes

Washington - A capital americana permanecia bloqueada ontem, depois de uma histórica nevasca que paralisou o leste do país, principalmente Nova York, onde era mais rápida a volta à normalidade.
As operações de limpeza se multiplicaram desde que a tempestade acabou no domingo, deixando 33 mortos. O acúmulo recorde de neve - 67 cm no nova-iorquino Central Park e 56 cm no aeroporto internacional de Washington - ainda demandará vários dias de trabalho.
Em Washington, menos acostumada que Nova York a invernos rigorosos, as escolas públicas e os serviços administrativos permaneciam fechados para facilitar a reabertura das vias e evitar acidentes.
Apelidada de "Snowzilla", a tempestade, que atingiu proporções históricas, cobriu de neve o leste do país na sexta e no sábado, afetando 85 milhões de pessoas, um quarto da população do país. Mas, no domingo o tempo melhorou e deu uma trégua.
"Esta foi uma tempestade verdadeiramente histórica e apesar de termos feito grandes avanços, ainda não terminamos o trabalho", alertou o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo.
"Os nova-iorquinos devem evitar viagens desnecessárias. Pede-se para que se tenha cuidado, planejar com antecedência e para manter-se seguros", acrescentou.
O prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, fez outro apelo perante a imprensa: "exortamos a todos os nova-iorquinos a não circular em nossas ruas, exceto em caso de necessidade, e a ser extremamente cautelosos ao dirigir".
Pelo menos 33 pessoas morreram na tempestade de neve, segundo autoridades locais.
As mortes foram registradas nos Estados de Arkansas, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Delaware, Distrito de Columbia, Kentucky, Maryland, Ohio, Pensilvânia, Nova Jersey, Nova York, Tennessee e Virgínia.

ACIDENTES
Em Passaic, Nova Jersey, uma mulher de 23 anos e seu filho de um ano morreram intoxicados por monóxido de carbono, enquanto sua filha de três anos foi internada em estado grave. O acidente ocorreu quando o marido e pai da família retirava a neve em volta do carro. A mãe, que estava no interior do automóvel com os filhos, acendeu o carro que estava com o cano de descarga obstruído pela neve.
Muitas mortes ocorreram devido a acidentes em estradas e também por paradas cardíacas provocadas pelo esforço para retirar a neve.
Mais de onze mil voos foram cancelados durante os três dias de tempestade nos diferentes aeroportos da zona afetada, segundo o site especializado FlightAware.
As operações foram retomadas de forma limitada nos aeroportos de Washington Dulles (internacional) e Reagan um dia depois de começarem a fazer o mesmo em Nova York.
O metrô de Washington, o segundo do país com 700 mil passageiros diários em tempo normal, recuperava-se lentamente na ontem, apenas com a metade de suas seis linhas e só em seus trechos subterrâneos, com um intervalo incomum de 20 a 25 minutos.
Os ônibus também funcionariam parcialmente, do meio-dia até as 17h locais.
A imprensa apelidou a tempestade de "Snowzilla", mistura das palavras "snow", neve em inglês, e do nome do famoso monstro do cinema "Godzilla".
As autoridades suspenderam pela manhã a proibição de uso de veículos e as escolas abriram ontem, enquanto em Nova Jersey, os transportes públicos, que tinham sido suspensos, voltaram a funcionar progressivamente.
Milhares de pessoas foram aos parques para andar de trenó, fazer guerras de bolas de neve e usar esquis, enquanto as crianças aproveitavam ao ensolarado dia de inverno.
A prefeita de Washington, Muriel Bowser, disse à imprensa que não haverá coleta de lixo em Washington até terça-feira, e pediu às pessoas que evitem sair de carro por mais 24 horas alertando para o risco de "estradas sujas e perigosas".
France Presse
FONTE - FOLHA DE LONDRINA
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