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Paranaenses miram vaga olímpica

John Lee e João Miguel Neto participam neste domingo de seletiva de taekwondo que vai indicar classificados para os Jogos Olímpicos

Anderson Coelho
João Miguel e John Lee (à dir.) tentam dar em Santos o primeiro passo rumo aos Jogos Olímpicos

Os atletas Jhon Lee e João Miguel Neto iniciam neste domingo a penúltima etapa para garantir uma vaga nos Jogos Olímpicos de 2016. Os lutadores disputam a primeira seletiva nacional, que vai definir os representantes do país na Olimpíada do Rio de Janeiro. A competição acontece em Santos, litoral de São Paulo.
Primeiro colocado na seletiva de 2015 na categoria até 87 quilos, o londrinense Lee enfrentará quatro adversários e os três primeiros se classificam para a segunda e decisiva seletiva, que vai acontecer em 14 de fevereiro, no Rio. Apenas o melhor garante vaga na Olimpíada. "A semana foi de ansiedade já que uma vaga olímpica significa um salto na carreira. Mas, a preparação foi boa, com treinos fortes. Não paramos nem no Natal e Ano Novo. Fizemos o que tinha que ser feito", garantiu o lutador, de 22 anos.
Nos Jogos Olímpicos, as oito categorias do taekwondo se fundem em apenas quatro. Com isso, John Lee terá pela frente adversários da categoria acima de 87 quilos, normalmente mais fortes e altos. "São atletas que não enfrento nas competições e por isso é preciso estudar mais o adversário, detectar os pontos fortes e explorar as fragilidades", apontou. "O Jhon é um atleta muito flexível e chuta bem. Ele chega motivado já que venceu recentemente seus principais concorrentes", afirmou o técnico Fernando Madureira, que também é treinador da seleção brasileira.
João Miguel, da categoria até 54 quilos, promete lutar como nunca em 2016 para compensar o que sofreu em 2015, quando viveu um drama. Após ser vice-campeão de um Open Internacional no Egito, o atleta, de 20 anos e que nasceu em Pato Branco (Sudoeste), foi punido pela Federação Mundial de Taekwondo (WTF) por não ter realizado o exame antidoping. Suspenso preventivamente, o atleta ficou sem lutar até outubro, quando a WTF anunciou a suspensão por dois anos. João Miguel recorreu e, em novembro, provou sua inocência.
"Foi comprovado um erro de procedimento e comunicação dos organizadores do campeonato, que não me acompanharam para o exame e como eu não entendia o inglês fiquei sem saber o que fazer. Jamais me negaria a fazer o teste", frisou o lutador, que se mudou para Londrina em 2010.
Diante do imbróglio, João Miguel perdeu a chance de participar do Mundial, do Pan-americano e de outras competições onde tinha chances reais de título. Mas, nem isso foi capaz de desanimá-lo. "A força da minha família e o sonho de disputar uma Olimpíada foram o meu combustível durante este período", revelou. "Sempre acreditei na minha absolvição e agora é focar nesta seletiva e correr atrás da vaga". Para não sofrer novamente em futuras competições, João Miguel garantiu que já entrou para um curso de inglês.
"O João está muito bem preparado física e emocionalmente. Depois de tudo que aconteceu no ano passado, ele está muito focado, além de estar com muita vontade de voltar a lutar", ressaltou Madureira. A equipe de Londrina é a única do país que terá dois atletas nesta seletiva nacional.
Lucio Flávio Cruz
Reportagem Local
FOLHA DE LONDRINA
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