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Prefeitos da Região Metropolitana de Londrina não descartam reeleição

Em que pese o batido discurso da falta de recursos, maioria dos chefes de Executivos ouvidos pela FOLHA querem garantir mais quatro anos de mandato


Apesar da falta de dinheiro nos municípios, manifestada intensamente pelos prefeitos em eventos como a Marcha que os reúne todos os anos em Brasília (DF) em busca de recursos, a maioria dos gestores está interessada em garantir mais quatro anos de mandato nas próximas eleições. A FOLHA procurou os 20 prefeitos da Região Metropolitana de Londrina (RML) que ainda podem permanecer no Executivo e ouviu discursos recheados de argumentos que devem ser levados para as campanhas, a partir do segundo semestre.
Ao todo são 25 cidades na RML, mas em Ibiporã, Cambé, Porecatu, Miraselva e Florestópolis já estão sendo cumpridos o segundo mandato, portanto, os políticos estão impedidos de tentar novo período. Os prefeitos de Tamarana, Paulino de Souza (PMDB), e de Bela Vista do Paraíso, João Monza (PDT), já estão com a estratégia ensaiada. Segundo Paulino, "o que move a gente é a vontade de continuar o trabalho, pois agora que estamos colocando a casa em ordem, pagando todas as contas, é hora de investir". "Não posso arrumar a cama para outro deitar", comparou o prefeito. Monza disse que tem fé na disputa. "Se Deus quiser, vou ser candidato. A gente tem que dar continuidade naquilo que começou. Se tudo estivesse bom seria fácil, nem precisava de nós."
Em Jaguapitã, Ciro Brasil (PSDB) pretende ser candidato. Com dois abatedouros de frango na cidade, ele informou que a arrecadação de ICMS é satisfatória e sinalizou que tem dinheiro em caixa. "Conseguimos pagar a folha até dez dias antes, não temos problemas com fornecedores. Então, poderemos fazer investimentos."
Menos empolgados, mas sem descartar a reeleição, estão os prefeitos de Rancho Alegre, Edson Corrêa (PT), Jataizinho, Élio Duque (PR), Sabáudia, Hugo Manueira (PSD), e de Arapongas, Padre Beffa (PHS). O petista disse que ainda vai avaliar. "Tem a questão do apoio político, da aceitação junto ao povo, tem que ser bem pensado." Duque confirmou que a conversa com os apoiadores deverá ser decisiva. "Depende de ter um grupo para ajudar a administrar, porque não é fácil. Às vezes, é necessário concorrer para não deixar na mão o pessoal que sempre está no apoio." Manueira também deixou a decisão para o grupo político.
Beffa não descarta a reeleição, mas disse que só vai definir a partir de fevereiro. "Acho que, como cristão, dei minha contribuição, tenho que pensar na minha vida como padre. Eu já tenho 71 anos e queria morrer como padre e não como prefeito", filosofou.
Em Centenário do Sul, Luiz Nicácio (PSC), e em Pitangueiras, Toninho Kolachinski (PSDB), também estão se preparando para as eleições. Eleito em sua primeira candidatura e empossado prefeito de Rolândia no dia 21 de dezembro passado, Luiz Francisconi (PSDB) admite que entrou para a política para um mandato de apenas um ano pensando na reeleição. Disse, porém, que ainda vai avaliar se entrará na disputa.
O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (PSD), não é conclusivo sobre o tema. Embora já tenha dito ser contra a reeleição, avalia a possibilidade porque tem sofrido "muita pressão nas ruas e entre amigos", mas afirma que a decisão é apenas dele.
Entre todos que conversaram com a reportagem, apenas o prefeito de Guaraci, Jamis Amadeu (PMN), declarou ser contra a reeleição. Não atenderam as ligações os gestores de Assaí, Alvorada do Sul, Uraí, Sertaneja, Sertanópolis, Lupionópolis, Prado Ferreira e Primeiro de Maio. (Colaborou Luís Fernando Wiltemburg)
Edson Ferreira
Reportagem Local
FOLHA DE LONDRINA
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