Quadrilha que roubou banco em Curiúva é alvo de operação da polícia
Operação foi deflagrada em 7 cidades do PR e cumpre 66 mandados.
Quadrilha é suspeita de ter roubado quase R$ 4 milhões de bancos.
A Polícia Civil do Paraná, em conjunto com a Polícia Militar (PM), deflagrou uma operação na manhã desta quinta-feira (21) para combater uma quadrilha especializada em roubos a agências bancárias. Ao todo, serão cumpridos 22 mandados de prisão e 44 de busca e apreensão em sete cidades do estado. Até as 11h, 20 pessoas tinham sido presas. Dessas, 14 tinham mandado de prisão expedido, e seis foram presas em flagrante.
Um dos investigados, considerado um dos líderes da quadrilha, foi morto em Mauá da Serra. Segundo a polícia, ele reagiu à abordagem policial e foi baleado. Com ele foi apreendido uma metralhadora e uma pistola.
De acordo com o Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep), a quadrilha é suspeita de ter roubado quase R$ 4 milhões de instituições bancárias. A operação foi batizada de Cangaço.
Entre os alvos está um funcionário público de uma prefeitura do interior, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (SESP-PR). As cidades onde os mandados estão sendo cumpridos são: Londrina, Mauá da Serra, Ortigueira, Imbaú, Telemaco Borba, Tamarana e Faxinal.
Além de explodir os caixas eletrônicos, os assaltantes também levavam cofres e usavam máquinas retroescavadeiras para derrubar paredes de agências, ainda de acordo com a polícia.
Uma das características marcantes do grupo, ainda segundo a polícia, era o uso da violências na maior parte dos casos. A última ação dos criminosos foi o assalto em Curiúva, na região norte.
O assalto em Curiúva foi no Centro da cidade e em plena luz do dia, na segunda-feira (18). Segundo a PM, após o roubo, houve troca de tiros entre a polícia e os ladrões, que, após usarem pessoas como escudos, fugiram na caminhonete roubada levando seis reféns na caçamba e um no capô. Minutos após a fuga pela PR-160, todos os reféns levados foram liberados, sem ferimentos, próximo à guarita de uma empresa.
Entre os crimes investigados na operação estão associação criminosa, roubo, furto, tentativa de homicídio, cárcere privado, porte ilegal de arma de fogo de calibre restrito, receptação, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e contrabando.
"O nome da operação é uma alusão ao alusão ao período de banditismo brasileiro ocorrido no nordeste do Brasil -- na época liderado por Lampião. Mas, ao invés de andar pelas cidades em busca de justiça e vingança, as organizações criminosas hoje chegam nascidades e cometem crimes como roubo a banco", explica a Polícia Civil.
Mais de 170 explosões em 2015
Um levantamento da Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) mostrou que 172 casos de explosões a caixas eletrônicos foram registrados em todo o Paraná em 2015. Ao todo, 130 criminosos foram presos.
Um levantamento da Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) mostrou que 172 casos de explosões a caixas eletrônicos foram registrados em todo o Paraná em 2015. Ao todo, 130 criminosos foram presos.
Embora o índice ainda seja considerado alto, o levantamento aponta redução de 16% em relação a 2014, quando foram registrados 204 ataques aos equipamentos eletrônicos.