Circuito Paranaense reúne laçadores em Londrina
As provas, divididas em cinco categorias, testam a habilidade e a técnica dos competidores

O evento é aberto ao público e os laçadores ainda podem se inscrever hoje, no último dia de competições
Cavalos e cavaleiros deram um show de técnica e destreza, ontem, no segundo dia de competições do Circuito Paranaense de Laço em Dupla. As provas terminam hoje, no Parque de Exposições Ney Braga. O evento é aberto ao público e ainda há chances para laçadores interessados em participar se inscreverem. De acordo com Felipe Monteiro, um dos organizadores do circuito, são esperadas em torno de 1,7 mil inscrições.
As provas são divididas em cinco categorias, de acordo com o nível dos atletas. A chamada "categoria aberta" é a mais difícil e engloba principalmente laçadores profissionais com uma rotina de treinos mais organizada. "A maioria dos competidores pratica o laço por hobby", explica. O objetivo das provas é que cada dupla, no menor tempo possível, lace a cabeça e os pés de um bezerro.
O campeão de uma das provas do circuito, Guilherme Silva de Oliveira, de 27 anos, mais conhecido como Geleia, começou a praticar laço ainda criança por incentivo do pai, que também gostava do esporte. Ele trabalha com pecuária em Presidente Venceslau (SP) e treina diariamente para obter bons resultados. "Participo de duas competições por mês", revela ele, que conta com a fiel companhia da égua Luck Girl Skipp nas provas. "Galopo com ela todos os dias, mas treino com outros cavalos para poupá-la", diz.
Foi também na adolescência que o treinador de cavalos Anderson Aparecido dos Santos, de 30 anos, despertou para a profissão que já garantiu muitos prêmios. "Eu morava em uma fazenda em Florestópolis, me interessei e comecei a trabalhar como ajudante de outros treinadores", conta. Desde então, fez cursos, aprendeu mais técnicas para lidar com cavalos e hoje trabalha em uma propriedade em Paraguaçu Paulista (SP).
A rotina de treinador demanda muito preparo físico para montar ao menos dez animais por dia. "O segredo é ter calma e paciência para conseguir um bom resultado. Isso vale para lidar com gente também", brinca ele, que compete em cavalos diferentes, todos criados na fazenda onde trabalha.
Já o laçador Luís Augusto de Souza, de 42 anos, é empresário em Tietê (SP) e pratica laço como hobby. "Comecei a me interessar porque meus pais sempre foram da zona rural", recorda ele, que está sempre acompanhado do cavalo Ganso. Para Souza, aliás, o respeito aos animais é o principal critério para participar de uma prova. "Só vou a competições onde os animais são bem tratados", avisa. Hoje as provas serão realizadas a partir das 10 horas, no Parque de Exposições Ney Braga.
Carolina Avansini
Reportagem Local
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FOLHA DE LONDRINA