Diante de suspeita de erro médico, idosa passa por nova cirurgia no rim
Família de Dirce Vianna afirma que hospital em Curitiba retirou rim errado.
Hospital Erasto Gaertner e Ministério Público do Paraná investigam o caso.
Após a família ter denunciado um possível erro médico para a retirada de um rim, a idosa Dirce Vianna, de 75 anos, passou por uma nova cirurgia neste sábado (20) no Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba. Ela passa bem e está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A filha de Dirce Vianna, Sônia Vianna Landeo, afirma que a equipe médica retirou o rim direito da mãe ao invés de extrair o esquerdo, que contém o tumor. O órgão direito tinha um cisto, segundo Sônia.
Para ela, foi um erro médico que pode ter tirado a chance da mãe sobreviver ao câncer.
O hospital não confirma o erro e abriu uma sindicância para apurar o que ocorreu. Outra investigação tramita no Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Agora, Dirce Vianna passou por uma fulguração que é uma espécie de cauterização do tumor. De acordo com os familiares, o médico informou que o procedimento foi bem sucedido e que é necessário esperar o resultado de exames pós-operatórios.
A filha de Dirce Vianna, Sônia Vianna Landeo, afirma que a equipe médica retirou o rim direito da mãe ao invés de extrair o esquerdo, que contém o tumor. O órgão direito tinha um cisto, segundo Sônia.
Para ela, foi um erro médico que pode ter tirado a chance da mãe sobreviver ao câncer.
O hospital não confirma o erro e abriu uma sindicância para apurar o que ocorreu. Outra investigação tramita no Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Agora, Dirce Vianna passou por uma fulguração que é uma espécie de cauterização do tumor. De acordo com os familiares, o médico informou que o procedimento foi bem sucedido e que é necessário esperar o resultado de exames pós-operatórios.
Reunião entre família e hospital
Sônia afirma que a direção do hospital a chamou para uma conversa e admitiu ter havido um equívoco na cirurgia da mãe. “O hospital chamou a gente para uma reunião e acabou falando que realmente houve um erro. A diretoria do hospital falou comigo, com meu esposo e com o advogado e que eles iriam fazer de tudo reparar”.
Sônia afirma que a direção do hospital a chamou para uma conversa e admitiu ter havido um equívoco na cirurgia da mãe. “O hospital chamou a gente para uma reunião e acabou falando que realmente houve um erro. A diretoria do hospital falou comigo, com meu esposo e com o advogado e que eles iriam fazer de tudo reparar”.
De acordo com nota oficial divulgada pelo Erasto Gaertner, não houve erro de lateralidade na cirurgia de Dirce. A equipe média, ainda segundo o hospital, tinha conhecimento de lesões suspeitas em ambos os rins.
Esta reunião, entretanto, não é confirmada pelo hospital, que transferiu Dirce para a ala particular e informou que presta a assistência necessária à paciente e à família.
Veja a nota do hospital
Diante das veiculações na mídia a respeito de suposta irregularidade ocorrida em procedimento cirúrgico em paciente do Hospital Erasto Gaertner, a instituição vem a público informar que:
1. Ao contrário do que foi veiculado, não houve erro de lateralidade, ou seja, de ter sido realizada por engano a cirurgia no rim direito ao invés do esquerdo.
2. A equipe médica que tratou da paciente tinha conhecimento da presença de LESÕES SUSPEITAS para neoplasia em ambos os rins. Os exames de imagem (tomografia) - o primeiro realizado em outra instituição e trazido pela paciente, e também outro novo exame, realizado no Hospital Erasto Gaertner - comprovam que existiam lesões no rim esquerdo e também no rim direito.
3. Foi explicado para a paciente e sua família que a lesão renal direita poderia não ser cancerígena e que o sangramento poderia persistir, caso a causa fosse outra.
4. A cirurgia realizada foi proposta em âmbito ambulatorial, com o consentimento da paciente e de dois familiares.
4. A cirurgia realizada foi proposta em âmbito ambulatorial, com o consentimento da paciente e de dois familiares.
5. O hospital segue o Protocolo de Cirurgia Segura.
O Hospital Erasto Gaertner tem em sua missão o combate ao câncer com ciência, humanismo e afeto e é reconhecido pelo Ministério da Saúde como referência no tratamento de câncer no sul do país. Somente no ano de 2015, foram realizadas mais de sete mil cirurgias, mais de 200 mil aplicações de radioterapia e cerca de 63 mil doses de quimioterapia. A instituição realizou, ao todo, mais de um milhão e 300 mil procedimentos, sendo 93% deles via Sistema Único de Saúde (SUS).
O Hospital reitera, mais uma vez, que está prestando toda assistência à paciente e seus familiares, e que está apurando os fatos internamente por meio de uma sindicância. Caso seja comprovada qualquer irregularidade no atendimento prestado serão tomadas as providências necessárias, como sempre foi a postura do Hospital Erasto Gaertner.
GLOBO.COM