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Jovem morre após passar 14 de seus 18 anos internada em UTI em SC

Atropelada aos 4 anos, ela dependia de respirador em Jaraguá do Sul. 
'Vimos o crescimento dela, era parte da nossa família', diz coordenadora.

Do G1 SC
Giane esteve internada por 14 anos em hospital de Jaraguá do Sul (Foto: Reprodução/Facebook)Giane esteve internada por 14 anos em hospital de Jaraguá do Sul (Foto: Reprodução/Facebook)
Após 14 anos de luta, a paciente Giane Samara Serpa, de 18 anos, morreu nesta quarta-feira (10) no Hospital e Maternidade Jaraguá, em Jaraguá do Sul, no Norte catarinense. Ela era tetraplégica e teve uma parada cardíaca.
Desde os 4 anos de idade, quando foi atropelada, Giane vivia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. O tratamento dela era realizado totalmente pelo SUS, e a dependência do respirador com ar comprimido na traqueia impossibilitava a família de levá-la para casa.
“Cada simples gesto, cada sorriso dela, cada beijo que ela jogava. As poucas palavras e o gesto dela eram impagáveis", lembra o pai, Moacir Serpa. "Hoje chegar lá e não ver aquele rostinho vai ser difícil”.
A coordenadora da UTI, Tatiane Guaresqui, diz que esta quarta-feira foi de luto na equipe que atendia a jovem. Giane foi a paciente que por mais tempo ficou internada na instituição."Ao todo, eram 45 pessoas que se envolviam na rotina da Giane. O meu sentimento e de todos aqui é de tristeza, todos passavam para dar um oi para ela, ela era muito carinhosa, alegre".
O hospital informou que nas últimas semanas o quadro de saúde da jovem se agravou. Ela morreu por volta das 7h desta quarta.
Giane Samara Serpa tinha como casa o Hospital Jaraguá (Foto: Cinthia Raasch/RBS TV)Objetos foram retirados do quarto onde Giane passou a maior parte da vida (Foto: André Buzzi/RBS TV)
Rotina
Uma pedagoga da instituição também visitava diariamente Giane. "Ela falava poucas palavras, 'papa', 'mama', 'sim', 'não', e o resto utilizava a cabeça. Ela aprendeu cores, números, era muito esperta, mas com limitações", diz a coordenadora.
Fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos e médicos, além da família dela, também estavam na rotina de Giane. Nesta quarta, foi com pesar que foram retirados os objetos do quarto do hospital onde a jovem esteve internada por tanto tempo. "Nós vimos o crescimento dela, era parte da nossa família do hospital", completa Tatiane.
FONTE - GLOBO.COM
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