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Comboio de 65 caminhões chega à Síria

Carregamento de alimentos, remédios e material médico é o maior enviado desde o início da guerra

Mahmoud Taha/AFP Photo
Ajuda humanitária organizada pela Cruz Vermelha beneficiará cidade de 120 mil habitantes

Beirute - O maior comboio humanitário enviado desde o início da guerra na Síria há cinco anos chegou ontem a Rastan, uma cidade rebelde cercada pelo exército, ao mesmo tempo que as negociações de paz em Genebra enfrentam dificuldades. Organizado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e o Crescente Vermelho sírio, o comboio de 65 caminhões com alimentos, remédios e material médico chegou à cidade cercada pelo exército desde 2012 e onde vivem 120 mil pessoas isoladas do mundo.

O último comboio de ajuda humanitária do CICV para os moradores desta cidade, uma das primeiras a manifestar oposição ao regime de Bashar al-Assad e a expulsar o Exército, remonta a 2012. O porta-voz do CICV em Damasco, Pawel Krysiek, afirmou que as equipes devem examinar as infraestruturas de água corrente e de águas residuais, assim como as necessidades em termos de alimentação dos moradores.

Ao mesmo tempo, a ONU concluiu ontem a retirada simultânea de 500 feridos, doentes e suas famílias de quatro localidades cercadas pelo regime ou os rebeldes. Isso permitirá o atendimento médico dos feridos e enfermos em zonas sob controle dos rebeldes ou do regime, afirmou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Quase 250 habitantes de Madaya e de Zabadani, localidades ao leste de Damasco cercadas pelas forças governamentais, devem chegar nas próximas horas à província de Idleb, situada no noroeste do país e sob controle dos rebeldes. Ao mesmo tempo, 250 habitantes de Foua e Kafraya, aglomerações xiitas na província de Idleb cercadas por rebeldes islamitas, seguem para Damasco e a província de Latakia, reduto do regime na costa.

Outro acordo inédito entrou em vigor entre os rebeldes, o regime e os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI) em Dmeir, localidade situada 40 km ao noroeste de Damasco, segundo o OSDH.
Desta maneira, 500 combatentes do EI e suas famílias saíram desta cidade, onde o grupo extremista controlava diversos setores, para seguir mais ao leste a Raqa e Deir Ezzor, dois de seus redutos.

O EI e a Frente Al-Nosra, braço sírio da Al-Qaeda, não estão incluídos no acordo sobre o fim das hostilidades entre o regime e os rebeldes, que entrou em vigor em 27 de fevereiro por iniciativa dos Estados Unidos e da Rússia.
France Presse
FOLHA DE LONDRINA

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