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O escândalo no marketing da Vivo.



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 Gad'Brivia conquista conta de monitoramento em mídias sociais da Telefônica/Vivo <em>(Reprodução)</em><
O Antagonista obteve detalhes do escândalo da Vivo, envolvendo a sua ex-diretora de marketing Cris Duclos, suspeita de ter desviado 27 milhões de reais, por meio de contratos superfaturados com as agências de publicidade que cuidavam da conta da empresa.
O alarme do presidente da Vivo, Amos Genish, soou quando ele foi consultado como referência para a compra de um terreno, no valor de 4 milhões de reais, em espécie, no condomínio Quinta da Baroneza, entre Itatiba e Bragança Paulista. A compradora era a sua diretora de marketing, que se encontrava em férias.
Desconfiado, Amos Genish contratou um analista de riscos e detetive. Todos os contratos geridos por Cris Duclos, com as agências DPZ, Africa, DM9DDB e Young & Rubicam, foram auditados.
Diante dos resultados obtidos pela devassa, na volta das férias, ela teve o acesso à empresa bloqueado e se viu obrigada a devolver o notebook e o celular da empresa imediatamente. A demissão foi sumária, sem chance de defesa.
Cris Duclos, sumariamente demitida.
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Caso Vivo incomoda agências e produtoras.

Vivo-logo
A auditoria em contratos do departamento de marketing da Telefônica Vivo e o estabelecimento pelo anunciante de novas práticas de relacionamento com fornecedores da área, como agências e produtoras, movimenta os bastidores e incomoda diversas empresas do mercado.
Fontes ouvidas por Meio & Mensagem informam que Africa, DPZ&T e Y&R, as três agências de publicidade que dividem a conta da Vivo, não podem se posicionar oficialmente sobre o tema sem aval do anunciante, que, até o momento, preferiu não se manifestar publicamente. O silêncio da empresa acaba dando margem para especulações e boatos, e coloca sob suspeita os seus fornecedores da área de marketing.
A reportagem teve acesso a um comunicado interno distribuído nesta segunda-feira pela Africa a seus funcionários. O texto começa dizendo que as agências que trabalham com a Vivo são “vítimas de ataques por suposto beneficiamento na gestão de contratos” e que tais ataques, “feitos pela internet, não têm nenhum fundamento”. A Africa afirma que é rígida com sua “política de compliance”, trabalha há mais de 12 anos com a Vivo e diz estar tomando as “medidas cabíveis contra esses boatos absurdos e falsas acusações”.
Meio & Mensagem entrou em contato com a Telefônica e as três agências de publicidade que dividem a conta do anunciante, mas nenhum deles quis se pronunciar oficialmente sobre o caso.
A única manifestação pública até o momento acabou vindo da Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais (Apro). O texto diz o seguinte: “Não temos conhecimento a respeito das apurações da Telefonica Vivo. Igualmente, não temos informações suficientes sobre a investigação em curso e as formas praticadas na contratação de serviços de marketing. A APRO lançou recentemente seu Código de Conduta, que tem como propósito aperfeiçoar as ‘melhores práticas’, que pressupõe condutas e operações comerciais legítimas e transparentes. A APRO se coloca à disposição para colaborar no desenvolvimento do ‘manual de boas condutas’ que, segundo notícias, está em criação pela Telefônica Vivo. Qualquer prática comercial que não siga as boas práticas de mercado merece ser apurada”.
Em abril, a Apro tomou medidas mais drásticas em relação ao pagamento de BV de produção. Um novo Código de Conduta da associação tornou obrigatório o fim da prática por parte das produtoras que até então devolviam às agências parte do pagamento que recebiam do anunciante para as filmagens das campanhas publicitárias. Na ocasião, a entidade recebeu assinaturas de 81 produtores aceitando as novas determinações. As que não seguirem a regra correm o risco de serem excluídas da associação, diz a Apro. As medidas foram tomadas após o envolvimento de algumas produtoras nas investigações da Operação Lava Jato, no ano passado, que apontou que desvios eram feitos com o endereçamento do BV de produção não às agências, mas sim outros beneficiados, como o ex-deputado André Vargas.

Entenda o caso Vivo

Em reportagem publicada em sua edição desta segunda-feira, 25, o Valor Econômico informa que a Telefônica Vivo promove uma auditoria em seus contratos no departamento de marketing, que “deve levar ao descredenciamento de prestadores de serviços”. Segundo o jornal, o objetivo da auditoria é “verificar a existência de irregularidades em relação às normas adotadas em contratos e discordâncias em relação aos preços negociados”. Um resumo da reportagem foi distribuído internacionalmente pela agência de notícias Reuters.
Também na segunda-feira, 25, reportagem publicada no site de Meio & Mensagem revela que a Telefônica Vivo já encaminhou nos últimos dias aos seus fornecedores de comunicação e marketing, incluindo agências, um documento que impõe novas práticas de relacionamento com o anunciante, contendo instruções e normas de conduta estabelecidas neste mês e que já estão valendo para o setor de publicidade.
Segundo o ranking Agências & Anunciantes, a Telefônica foi a sexta maior compradora de mídia do País em 2015, com investimento de R$ 530 milhões, o que faz da marca Vivo a maior anunciante da área de telecom.
A diretoria de imagem e comunicação da Vivo, área da companhia responsável pelo relacionamento com as agências de publicidade, está vago desde junho, quando Cris Duclos deixou a empresa, na qual trabalhava desde 2008. Cris era subordinada ao chief revenue officer, Christian Gebara, que comanda as áreas de marketing, vendas e estratégia digital e inovação.
No final do ano passado, a Vivo realizou concorrência pela sua conta publicitária off-line, manteve Africa, DPZ&T e Y&R, que já a atendiam, e dispensou a DM9DDB. Na ocasião, também estava em curso outra disputa, não finalizada, pela verba online do anunciante, disputada por DM9DDB, Havas, Wunderman e um inédito consórcio formado por empresas da Publicis: AG2 Nurun, Espalhe MSLGroup e SapientNitro, informa Meio e Mensagem.

Telefónica nega auditoria…

Diante de uma série de especulações sobre contratos na área de marketing da marca Vivo, a Telefônica Brasil divulgou hoje comunicado a informando não existir auditoria na referida área. O comunicado foi emitido após questionamento feito pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) diante de reportagem do jornal Valor Econômico publicado nesta última segunda-feira (25).
As especulações no mercado publicitário sobre a área de marketing da Vivo envolvem o desligamento da executiva Cristina Duclos, que deixou a empresa em junho. O comunicado da Vivo afirma que a empresa não comenta “questões dessa natureza”, no caso a saída da executiva.
Leia abaixo a íntegra do comunicado:
São Paulo, 26 de julho de 2016 
À
Comissão de Valores Mobiliários – CVM
Rua Sete de Setembro, n.o 111 – 33.o andar Rio de Janeiro – RJ
At.: Superintendência de Relações com Empresas – SEP Sr. Guilherme Rocha Lopes
Ref.: Ofício no 262/2016-CVM/SEP/GEA-2 Prezados Senhores,
TELEFÔNICA BRASIL S.A., companhia aberta com sede na Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, n.o 1376, Cidade Monções, Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda (“CNPJ/MF”) sob n.o 02.558.157/0001-62 (“Companhia” ou “Telefônica Brasil”), vem, pela presente, em resposta ao Ofício no 262/2016-CVM/SEP/GEA-2, o qual requer a manifestação da Companhia sobre a veracidade das afirmações veiculadas no sítio eletrônico do jornal “Valor Econômico”, em 25 de julho de 2016, intitulada “Telefônica audita área de marketing no Brasil” (“Notícia”), e, em caso afirmativo, solicita que sejam prestados maiores esclarecimentos sobre o assunto e manifestação sobre as providências que estão sendo tomadas pela Companhia a respeito, bem como os motivos pelos quais entendeu não se tratar o assunto de Fato Relevante, nos termos da Instrução CVM no 358, de 03 de janeiro de 2002, conforme alterada (“Instrução CVM no 358/02”), esclarecer o quanto segue.
Inicialmente, a Telefônica Brasil informa que adota princípios de atuação ética e que fomenta e incentiva a observância de normas e regras internas relacionadas à compliance. Sendo assim, adota procedimentos de controles internos aplicáveis às suas operações e atividades, os quais estão em constante atualização e aprimoramento, com vistas a manter os mais altos padrões de excelência.
São Paulo, 26 de julho de 2016

Para tanto, trabalhos internos relacionados com auditorias e revisões, sejam eles de processos, procedimentos e contratos são atividades rotineiras e correspondem a ferramentas usuais na consecução de tais objetivos, compatíveis com as melhores práticas de mercado.
A partir dos esclarecimentos anteriores, que registram o interesse contínuo da Companhia com a manutenção de sólidos procedimentos de compliance e de controles internos aplicáveis às suas atividades, cumpre comentar que a Notícia apresenta afirmações acerca de suposta preocupação específica da Companhia quanto à área de marketing, trazendo referência a uma possível auditoria geral em relação a essa área, com a adoção de códigos e manuais de boa conduta específicos, assim como a revisão de todos os contratos e acordos dos prestadores de serviços da referida área, com vistas a possíveis descredenciamentos.
Nada obstante manter uma prática cotidiana de integridade e controles internos, a Companhia esclarece que não há procedimento em curso com as características referidas no parágrafo anterior.
E, quanto ao desligamento da executiva que ocupava o cargo de Diretora de Imagem e Comunicação, a Companhia reitera sua prática de não comentar questões dessa natureza.
Considerando as informações prestadas, a Telefônica Brasil entende que não havia motivos para tratar o referido assunto como Fato Relevante, nos termos da Instrução CVM no 358/02, por não se enquadrar nas hipóteses legais e regulamentares, razão pela qual não foram assim considerados.
Com a certeza de ter prestado os esclarecimentos requisitados, colocamo-nos à disposição para os eventuais esclarecimentos adicionais que V.Sas. entenderem necessários.
Atenciosamente,
David Melcon Sanchez-Friera
Diretor de Relações com Investidores Telefônica Brasil – Relações com Investidores Tel: +55 11 3430-3687

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