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Reavaliação de ativos faz Copel triplicar lucro

A Copel anunciou ontem um lucro de R$ 996,6 milhões no segundo trimestre do ano. O resultado é mais que o triplo do apurado no mesmo período do ano passado (R$ 302 milhões). Porém, no comunicado que divulgou ao mercado, a própria companhia indica que não é o caso de comemorar seu desempenho operacional de abril a junho. O lucro é reflexo de uma reavaliação de ativos determinada pelo Ministério de Minas e Energia no valor de R$ 977,8 milhões que foram incluídos contabilmente na receita operacional.
A empresa não concedeu entrevista para explicar a Demonstração do Resultado (DRE) e o balanço. No comunicado, a Copel ainda diz que foram incluídos na receita operacional do trimestre
R$ 211,4 milhões relativos a "provisões para litígios", de uma ação judicial vencida pela companhia. Retirados esses dois valores, a receita operacional cai de R$ 3,694 bilhões para R$ 2,505 bilhões e o resultado é um prejuízo de R$ 192 milhões.
Das três principais empresas da holding Copel, a Distribuição foi a que teve pior desempenho no segundo trimestre do ano. Foram R$ 64,2 milhões de prejuízo, contra R$ 39,1 milhões de prejuízo do trimestre anterior. A receita operacional caiu 30% de R$ 2,4 bilhões para R$ 1,7 bilhão. Amortizações e retração do mercado nacional de energia elétrica foram alguns dos motivos apontados para o resultado negativo.
Já a Copel Geração - em cujo demonstrativo foram contabilizadas as entradas contábeis - ficou com lucro de R$ 838 milhões contra um lucro de R$ 165 milhões do trimestre anterior. A Copel Telecomunicações registrou lucro de R$ 14,8 milhões contra R$ 11,2 milhões do período anterior.

FINANCEIRO
A companhia paranaense apresentou R$ 446,2 milhões de receitas financeiras no trimestre, 44% mais que no mesmo período de 2015. O aumento é decorrente do "levantamento de R$ 180,6 milhões de depósito judicial substituído por seguro garantia e da maior variação monetária sobre contas a receber vinculadas à concessão", entre outros fatores. As despesas financeiras cresceram ainda mais, 69%, chegando a R$ 318,5 milhões, devido ao aumento de encargos de "dívidas decorrentes do maior saldo de financiamentos e debêntures".

MERCADO DE CAPITAIS
O comunicado também mostra que, no dia 27 de julho deste ano, a Copel concluiu a captação de R$ 300,8 milhões, ao emitir debêntures subscritas pelo BNDES e BNDESPar. No dia 21 do mesmo mês, segundo o comunicado, foi concluída a segunda emissão de debêntures simples pela Copel Get no valor de R$ 1 bilhão. Essa dívida, segundo a empresa, foi emitida para que o recurso seja utilizado como capital de giro e investimentos.
Uma boa notícia é a valorização das ações da companhia na BM&F Bovespa acima do índice da própria bolsa. O papel CPLE3, que dia 31 de dezembro do ano passado valia R$ 16, chegou a R$ 20,04 em 30 de junho deste ano – valorização de 25,3%. Já o CPLE6 saiu de R$ 24,30 para R$ 29,22 (20,2%). No período, o Ibovespa subiu R$ 18,9%, de 43.350 pontos para 51.526 pontos, segundo o comunicado.
Nelson Bortolin
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA

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