Contratos de pedágio são como roupa velha: toda remendada e sem conserto, Diz Dep Turini

É a opinião do deputado estadual Tercilio Turini, que participou hoje da audiência pública sobre a MP 752 que autoriza renovação de concessões

“Os atuais contratos de pedágio no Paraná são como roupa velha, que já foi remendada várias vezes e não tem mais conserto. São extremamente lesivos à população e altamente benéficos e lucrativos às concessionárias. Não podemos admitir qualquer tentativa de prorrogação ou renovação. É consenso, em todo o Estado, a necessidade de uma nova licitação”, ressaltou o deputado estadual Tercilio Turini, após participar da audiência pública que discutiu a Medida Provisória 752 do governo federal, autorizando a renovação de concessões de rodovias e ferrovias no País.

Para Turini, a sociedade organizada e toda população paranaense não podem aceitar que os contratos de pedágio do Paraná sejam beneficiados pela MP. Ele solicitou ao deputado federal Sergio Souza, que é do Paraná e relator da MP no Congresso Nacional, que seja incluído no texto da medida um dispositivo que impeça a renovação das concessões do pedágio nas rodovias paranaenses.

A audiência pública foi nesta segunda-feira (dia 20) de manhã, na Assembleia Legislativa. À tarde, na sessão ordinária, Tercilio Turini foi à tribuna, reafirmou seu posicionamento e lembrou que as concessionárias cobram tarifas caras de pedágio e não cumprem com os encargos previstos nos contratos. “Arrecadam bilhões de reais, anualmente, e isso há quase 20 anos. E as duplicações de rodovias, onde estão? A BR 376, de Apucarana a Ponta Grossa, por exemplo: dos 260 quilômetros, fizeram cerca de 50 até agora. São várias obras, em todas as regiões do Paraná, que não saíram do papel”, destacou o deputado.

Ele alertou que se não ficar assegurado o impedimento de renovação ou prorrogação das concessões rodoviárias no Paraná, a população corre o risco de ser surpreendida. “Daí vamos ficar mais 20 ou 30 anos reclamando e se lamentando dos contratos de pedágio. Devemos defender e exigir nova licitação”, afirmou Tercilio Turini.