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Gestão: os novos desafios para os novos prefeitos

Gestão não apenas para aumentar arrecadação ou definir o teto de gastos, mas também e fundamentalmente mais importante: gestão para resultados

Tornar a máquina pública mais eficiente, garantir o teto de gastos, cumprir com os compromissos e manter a folha de pagamento em dia. Essas parecem ser as palavras de ordem para os novos prefeitos que assumiram em 2017. Desde o ano passado até o dia 18 de janeiro, 77 municípios em 13 estados decretaram calamidade financeira. 

Nesse tipo de decreto, os municípios priorizam os gastos com saúde, educação e atendimento social e ainda abrem a possibilidade para contratos de emergência, aqueles que não precisam de licitação, para outros serviços básicos como merenda escolar, material de limpeza e alimentação dos servidores. 

Do ponto de vista prático, esse decreto de calamidade financeira justifica ao município que o decretou o direito de atrasar a execução de gastos (caso da suspensão do pagamento da sua folha), não realizar licitações (risco de pagamentos maiores para os mesmos serviços), entre outros. A própria Confederação Nacional dos Municípios (CNM) informa que este decreto não tem valor jurídico, mas apenas esclarece as dificuldades que aquela determinada gestão está passando. E é justamente esse o ponto: gestão. 

Gestão não apenas para aumentar arrecadação ou definir o teto de gastos, mas também e fundamentalmente mais importante: gestão para resultados. Aquela capaz de fazer a máquina pública eficiente, gastando sem desperdício, devolvendo à sociedade os serviços de qualidade necessários e realizando os investimentos necessários. 

Para prefeitos e secretários que desejam melhorar o atendimento à sociedade por meio de serviços como saúde, educação, zeladoria das cidades, é possível implantar a gestão para resultados de maneira simples e baseada em método. Primeiramente, estabeleça as metas orçamentárias como decorrência das melhorias operacionais, numa relação de causa e efeito, em conjunto com a participação de todas as pastas. Não se esqueça que meta é o conjunto de objetivo+valor+prazo. Por exemplo: "Reduzir a quantidade de lâmpadas da iluminação pública que ficam ligadas durante o dia em 100% até o final de 2017". 

Essa meta, por exemplo, trará uma economia importante nos gastos com energia elétrica e essa economia poderá ser usada para a substituição por lâmpadas de led, que são mais econômicas. Daí para frente, economia gerará economia, num círculo virtuoso. 

Compartilhe a responsabilidade dos resultados com todos os secretários, por meio de mecanismos de comunicação claros e eficientes. A secretaria de finanças faz o controle orçamentário, mas quem tem a responsabilidade pela execução são as respectivas pastas. Defina também junto com as equipes executivas e gestores das pastas um grupo de ações, com responsáveis únicos e prazos claramente definidos. É o que se chama de plano de ação. Existem ferramentas muito simples, e ao mesmo tempo muito efetivas. 

É importante estabelecer padrões de gastos, baseados em padrões de excelência operacional. Os próprios gestores, muitas das vezes, sabem como fazer mais e melhor. Utilize-os como fonte de conhecimento, mas não se esqueça nunca de reconhecê-los e motivá-los. O mais importante, implante rituais de gestão, nos quais seja possível ajudar a equipe de gestores públicos a superar os desafios do dia a dia, as causas dos problemas sejam eliminadas e as datas definidas nos planos de ação sejam cumpridas. 

LUIZ MUNIZ é fundador da consultoria empresarial Telos Resultados.

FONTE - FOLHA DE LONDRINA




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