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Número de vítimas vai aumentar', diz médico brasileiro em São Petesburgo

Por Pedro Durán
O número de feridos das explosões no metrô em São Petesburgo pode crescer significativamente. A afirmação é do brasileiro Thales Bandeira, médico residente do Hospital-Escola Pavlov, que recebeu a maior parte das vítimas depois do atentado na segunda maior cidade da Rússia.
Foram mobilizadas para o atendimento centenas de ambulâncias, que levaram os feridos para 4 hospitais, entre eles o Pavlov, e várias clínicas menores.
A última informação oficial, da ministra da Saúde da Rússia, era de dezmortos e 50 feridos. Mas somente para o Pavlov, Thales diz terem sido encaminhados pelo menos 45 pessoas.
“Quando eu cheguei no pronto-socorro, já tinham 15 pessoas em observação, quando eu estava saindo do pronto-socorro, fazendo a troca, já tinham sido operadas 20 pessoas e estavam 25 em observação. Então só aí já são 45 pessoas só no nosso hospital”, diz.
Do total de pacientes, ele diz que 20 estavam com quadro de grave para gravíssimo. Thales conta ainda que quando o atentado aconteceu, eles já sabiam que o dia seria de muito trabalho e tensão. Os hospitais foram avisados sobre as explosões antes mesmo da imprensa local.
“Foi um pouco tenso no começo e quando eles chegaram aí começou aquela correria de separar os pacientes graves dos pacientes menos graves, de começar o tratamento dos machucados mais especiais aos machucados mais profundos, começaram a vir os cirurgiões... Foi um pouco caótico, assim, mas a gente conseguiu organizar bem rápido”, diz.
O médico brasileiro diz ainda que o atentado pegou todos de surpresa, porque São Petesburgo é tida como uma cidade cosmopolita e recebe pessoas de diversas nacionalidades, entre elas os povos árabes.
O primeiro ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou agora há pouco que a explosão foi um ato de terrorismo. Já o presidente da Rússia, Vladmir Putin, disse que o chefe dos serviços especiais do país está trabalhando para descobrir as circunstâncias e as causas do atentado. Ele estava na cidade no momento das explosões, o que acabou ampliando o policiamento e os bloqueios pelas ruas, como conta Thales.
“Acabaram fechando várias vias principais, principalmente pelo fato de o Putin estar aqui na cidade hoje, porque ele tinha um encontro com o presidente da Bielorrússia hoje. E quando ele vem pra cá eles fecham algumas vias, o que acaba aumentando o número de pessoas que pegam o metrô. O policiamento nos metrôs está aumentado e todas as estações de metrô foram fechadas agora, estão todas fechadas, não pode usar o metrô”, completa.
A principal explosão aconteceu às três horas da tarde no horário local, nove da manhã pelo horário de Brasília. A bomba explodiu entre duas estações centrais do metrô, antes da partida de um dos trens metropolitanos, de acordo com o Comitê Antiterrorismo da Rússia.
fonte - GLOBO E CBN

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