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Cardiologista de Londrina faz alerta no Dia Nacional de Combate ao Fumo

Neste 29 de agosto, comemorou-se  o Dia Nacional de Combate ao Fumo. A data foi criada em 1986, pela Lei Federal 7.488 – primeira legislação em âmbito federal relacionada à regulamentação do tabagismo no Brasil – e tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. No entanto, para o cardiologista Ricardo Rodrigues, as ações ainda são tímidas por parte dos órgãos públicos.



"O cigarro é um problema de saúde pública e em uma data como a de hoje era necessário mais campanhas de conscientização para alertarem a população sobre a perigosa relação do tabagismo que está relacionado a doenças do sistema cardiovascular, como infartos, derrames e acidentes vasculares cerebrais (AVC), além de doenças respiratórias como enfisemas pulmonares, bronquite, infecções respiratórias e até embolia pulmonar", enfatizou. "Estamos em um caminho certo pois a proibição de fumar em locais fechados, como ambiente de trabalho e restaurantes, além da determinação do fim da propaganda de cigarros auxilia na conscientização da população sobre os males que este vício causa mas ainda podemos fazer mais", complementou.

Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas


RISCOS - Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), por conta das 4,7 mil substâncias presentes em sua composição, o cigarro aumenta as chances de desenvolver ao menos outros 13 tipos de câncer: de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, intestino, rim, bexiga, colo de útero, ovário e alguns tipos de leucemia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o tabagismo como uma epidemia global, responsável por cerca de 6 milhões de mortes anuais, dos quais mais de 600 mil por exposição involuntária à fumaça do tabaco, denominada tabagismo passivo.

FORÇA PARA MUDAR - Rodrigues salientou ainda que o dependente pode conseguir se livrar do vício a qualquer momento, desde que, esteja de fato determinado a parar de fumar. "O nosso cérebro funciona com o prazer imediato e, buscando ajuda e programas em Unidades Básicas de Saúde (UBS), aos poucos os dependentes poderão se livrar do vício. As pessoas precisam se conscientizar dos males do cigarro e também do famoso narguilé que alguns jovens têm se utilizado para se inserir na sociedade pois você também consome nicotina e ainda pode ter doenças infecciosas como Hepatite A por conta da interação entre os demais usuários", finalizou o médico, do Centro do Coração de Londrina e professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

BENEFÍCIOS – De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os benefícios à saúde começam apenas 20 minutos após interromper o vício: a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados. Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco relacionado ao fumo diminui. E após apenas 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar de novo e os sentidos de olfato e paladar melhoram. De duas semanas a três meses, a circulação sanguínea melhora consideravelmente. Caminhar torna-se mais fácil e a função pulmonar melhora em até 30%.

A partir de um a nove meses, os sintomas comuns em fumantes, como tosse, rouquidão, e falta de ar ficam mais tênues. Os cílios epiteliais iniciam o crescimento e aumentam a capacidade de eliminar muco, limpando os pulmões. A pessoa fica mais disposta para realizar atividades físicas. Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar de fumar, especialistas afirmam que torna-se possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou.
André Bueno
Grupo FOLHA DE LONDRINA

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