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Londrina registra terceiro latrocínio em 30 dias



Um dos suspeitos foi preso enquanto dormia e o outro se apresentou na delegacia nesta segunda-feira


Em um intervalo de apenas 30 dias, três roubos seguidos de morte foram registrados em Londrina. Entre os alvos estavam um comerciante, um subtenente da reserva da Polícia Militar e um motorista do aplicativo Uber. Este último crime ocorreu na madrugada de domingo (4) quando Vanderlei Teixeira da Silva, 34, passava pela avenida Duque de Caxias, na região central. Na madrugada, por volta das 5 horas, Vanderlei foi atingido por golpes de um objeto cortante. Ele recebeu atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dentro da ambulância.

A polícia chegou a um dos suspeitos no mesmo dia do crime. Um rapaz de 24 anos foi preso em flagrante enquanto dormia em casa. Segundo o delegado adjunto da 10ª SDP (Subdivisão Policial), Manoel Pelisson, foi apreendido com ele o aparelho celular utilizado para chamar o motorista pelo aplicativo. Já o celular da vítima foi encontrado em um terreno baldio, próximo à residência do suspeito. 
"São provas incontestáveis, além do fato de terem confessado a participação e o depoimento de testemunhas confirmando a participação de ambos", comentou o delegado. O segundo envolvido, de 23 anos, se apresentou à delegacia na segunda-feira (5) e ficou detido por ordem judicial. Conforme Pelisson, à polícia não restam dúvidas de que o crime foi de latrocínio (roubo seguido de morte) e premeditado. 
"Tratamos o crime como roubo, onde o motorista reagiu e acabou sendo atingido por facadas. Os envolvidos disseram que estavam em uma festa antes de praticar o crime, e que teriam feito uso de drogas e álcool", acrescentou. Um dos suspeitos tem passagem pela polícia em Curitiba, pela Lei Maria da Penha. 
Conforme o superintendente da 10ª SDP, Márcio Ilkiu, a Delegacia de Furtos e Roubos de Londrina registra, em média, oito latrocínios por ano. "Essa quantidade de crimes no começo de 2018 tem acontecido em alguns anos. É a época de férias, de virada de ano. Essa média anual de latrocínios é registrada desde 2008", comentou. No ano passado, segundo acompanhamento realizado pelo jornal Nosso Dia, sete latrocínios ocorreram em Londrina. 
Neste ano, o primeiro roubo seguido de morte registrado na cidade ocorreu no dia 6 de janeiro. O comerciante Eliel Alves da Silva, 45, foi baleado no Jardim Sabará, na zona oeste da cidade. A vítima havia fechado o bar e foi surpreendida por ladrões que já estavam dentro da residência dele. Conforme Ilkiu, o caso ainda não foi solucionado, mas as investigações estão avançadas. 
O segundo crime ocorreu no dia 18 de janeiro quando o subtenente aposentado Ernani Euzébio da Silva, 55, foi baleado e morreu em uma tentativa de assalto no Jardim Santa Alice, região leste de Londrina. Neste caso, três pessoas foram presas e um outro suspeito foi morto em confronto com a polícia. "Temos solucionado 100% dos latrocínios. Em 48 horas conseguimos identificar os suspeitos", ressaltou o superintendente. Ao todo, oito equipes operacionais compostas por 20 policiais civis auxiliam os trabalhos de coleta de provas e investigação. 
"O latrocínio tem uma dedicação prioritária [por parte da polícia]. É um crime bárbaro. Ao longo dos anos estamos resolvendo todos os casos, com a prisão dos envolvidos. Neste anos, já solucionamos dois [casos] e o terceiro está muito bem encaminhado", reforçou Pelisson. (Colaborou Paulo Monteiro)
Micaela Orikasa e Viviani Costa
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA

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