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ALERTA - Surto de conjuntivite preocupa Saúde em Londrina

A situação preocupa porque a doença, de origem viral ou bacteriana, se propaga mais facilmente em locais com grande aglomeração de pessoas


Londrina vive um surto de conjuntivite. Desde a última semana, a Secretaria Municipal de Saúde notificou mais de 500 casos da doença, atendidos nas unidades básicas de saúde e unidades de pronto atendimento do município. A secretaria aguarda para o início da semana que vem um relatório mais detalhado, mas antes de ter um balanço fechado já intensificou a divulgação de informações e orientações sobre a prevenção e o tratamento da doença para conscientizar a população.

O alerta foi emitido a todos os serviços de saúde e também à Secretaria Municipal de Educação e Núcleo Regional de Educação para evitar a propagação da doença nas escolas. "O surto tem sido observado em vários municípios e já estamos com surto de conjuntivite em Londrina. Foram surtos bem localizados, mas foram muitos casos em pouco tempo. Em fevereiro houve um surto grande em Goiás. É uma doença altamente contagiosa e a transmissão acontece de pessoa para pessoa", ressaltou a gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Fátima Tomimatsu. A 17ª Regional de Saúde computou, desde o início do ano, mais de mil casos de conjuntivite em Londrina.

Até o momento, segundo Tomimatsu, além de casos isolados, foram registrados surtos em uma escola particular e em um abrigo do município. A situação preocupa porque a doença, de origem viral ou bacteriana, se propaga mais facilmente em locais com grande aglomeração de pessoas.

O abrigo onde foi registrado o surto acolhe atualmente 79 pessoas e 14 foram diagnosticadas com conjuntivite, além de dois funcionários, que estão afastados de suas atividades. A coordenadora da unidade contou que o primeiro caso da doença apareceu há duas semanas e a proliferação foi rápida, mas agora ela acredita que a situação já está controlada. "O problema aqui é que são pessoas em trânsito que podem ter a doença, mas não apresentam sintomas e algumas não chegam a ficar conosco nem 24 horas."



CONSCIENTIZAÇÃO
Para evitar a ocorrência de novos casos, a unidade tem tentado fazer a conscientização dos acolhidos, explicando a importância da lavagem frequente das mãos e dos olhos, e disponibilizou frascos de álcool em gel para serem usados pelos acolhidos e funcionários. "Mas é muito difícil conscientizar porque é um público que não tem o hábito de higienizar frequentemente as mãos", disse a coordenadora. Quando um dos assistidos pelo abrigo apresenta sintomas, é encaminhado a uma unidade de pronto atendimento para que seja iniciado o tratamento.

A gerente de Vigilância Epidemiológica lembra que a doença é mais frequente no verão, quando as condições climáticas favorecem a disseminação da doença. A contaminação por vírus é mais comum, mas Tomimatsu salientou que a presença do vírus predispõe à conjuntivite bacteriana. "Pode iniciar como uma conjuntivite viral e ter a bacteriana se sobrepondo, mas só um médico pode avaliar."

SINTOMAS
Independentemente do agente causador da infecção, os sintomas são os mesmos, assim como as formas de prevenção e tratamento. Os primeiros sintomas são vermelhidão, irritação, dor, sensação de areia nos olhos, dor intensa, inchaço e secreção, mas Tomimatsu ressalta que não é necessário apresentar um conjunto de sintomas. Apenas o surgimento de um deles pode indicar a presença do vírus ou bactéria.

Para evitar a contaminação, a orientação é aumentar a frequência da lavagem das mãos, não compartilhar objetos de uso pessoal, como toalhas, travesseiros e canetas e quem já está com a doença deve tomar as mesmas medidas para evitar espalhar o agente transmissor. Além de lavar constantemente as mãos e não coçar os olhos, é importante lavar os olhos e fazer compressas com soro fisiológico ou água limpa e fria e colírios antissépticos podem ser usados na higienização. Os colírios à base de corticoide e os antibacterianos, porém, só podem ser administrados com prescrição médica. "O afastamento do trabalho ou da escola por, no mínimo, cinco dias, é fundamental para evitar a propagação da doença", frisou Tomimatsu. Ela lembrou ainda que, se não tratada adequadamente, a conjuntivite pode evoluir para um problema mais grave.
Simoni Saris
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA

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