Helicóptero cai e deixa 3 mortos em Joinville; tripulação foi sequestrada
A queda de um helicóptero por volta das 16h desta
quinta-feira (8) provocou a morte de três pessoas e deixou uma ferida no bairro
Paranaguamirim, na Zona Sul de Joinville, no
Norte catarinense. A aeronave com quatro pessoas a bordo foi sequestrada em
Penha, a 70 km de Joinville, caiu numa rua e pegou fogo depois.
Existe a suspeita de que o sequestro
tenha ocorrido para resgatar um detento que estaria prestes a ser transferido
para uma unidade de segurança máxima, informou a Polícia Civil. A queda foi a
aproximadamente 2 km do Presídio Regional de Joinville. Nos destroços foram
encontrados um revólver e uma pistola.
"O piloto, no que saiu de
Penha, encaminhou para Curitiba uma mensagem, um código, de que a aeronave
tinha sido sequestrada", disse Tânia.
O helicóptero foi alvo de sequestro
depois de decolar, após ter sido supostamente contratado para um passeio de
sobrevoo na área de Joinville, disse a delegada regional, Tânia Harada.
Testemunhas contaram à polícia que ouviram tiros antes da queda.
"Vamos depender da perícia para saber se alguém foi
alvejado", declarou a delegada.
Os mortos são o piloto, identificado
como Antônio Mário Franco Aguiar, de 57 anos, o copiloto e um passageiro. O
sobrevivente é Daniel da Silva, 18 anos, detento do regime semiaberto. Ele teve
ferimentos leves, foi resgatado momentos depois da queda e levado para um
hospital, onde é monitorado pela PM.
Apesar
da Polícia Civil ter iniciado a investigação, a Polícia Federal vai assumir os
trabalhos de apuração do caso por se tratar de espaço e acidente aéreos.
O
helicóptero é da Avalon Táxi-aéreo, que presta serviço para o Beto Carrero
World. Mas a empresa disse que nesta quinta não estava trabalhando para o
parque, que fica em Penha. A aeronave tem prefixo PR HBB, modelo BELL 206,
disse o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
A Avalon
Táxi-Aéreo tem sede no Paraná.
Investigação
da queda do acidente
Conforme o
Cenipa, o Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes
Aeronáuticos (Seripa 5), de Porto Alegre, iniciou as investigações sobre os
fatores que podem ter contribuído para a queda e uma equipe está deslocando
para o local. Não há data prevista para conclusão da investigação.
O diretor-geral do Instituto Geral de Perícias (IGP)
explicou como foi o trabalho do órgão na tarde desta quinta: "nossa equipe
se deslocou com dois peritos, dois auxiliares e o IML [Instituto Médico Legal].
Eles fizeram a coleta dos corpos e a perícia de toda a cena do local do
acidente. Utilizaram drones para fazer tomada aérea e registro
fotográfico".
Sobre o trabalho do IML, afirmou que
os três corpos ficaram carbonizados e foram levados ao IML de Joinville, onde
passam por necropsia. Em um deles, o procedimento foi concluído, mas não foi
possível fazer a identificação.
"Vamos tentar através da arcada
dentária, se conseguirmos o prontuário dessa pessoa. Caso não se consiga,
faremos coleta de partes de tecido e do osso para extração do DNA", disse
o diretor-geral. Se essa última alternativa foi a utilizada, o resultado do
exame deve sair em 30 dias, já que é difícil a extração do DNA de um corpo
carbonizado.
As armas coletadas no local também
passarão por perícia para que se tente saber a quem pertencem.
FONTE - GLOBO.COM