Vem mais frio por aí
Quem acordou bem cedo no domingo (20) em Londrina, sentiu na pele o dia mais frio de 2018 registrado pelo Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná). Os termômetros caíram para 7º C nas primeiras horas do dia e o assunto nas ruas era um só: o frio.
A massa de ar frio chegou em Londrina na noite de sexta-feira (18) pelas regiões Oeste e Sudoeste, acompanhada de chuva e ventos de até 65 km/h. O Corpo de Bombeiros registrou quedas de árvores em algumas vias e bairros ficaram sem energia elétrica. Apesar dos estragos, ninguém ficou ferido.
Já na madrugada domingo (20), de acordo com o boletim do Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná), algumas cidades registraram temperaturas mínimas abaixo dos 5º C, como no sul, em São Mateus do Sul, onde os termômetros registraram 2,4º C; no centro-oeste em Inácio Martins, com 3,1º C e Ponta Grossa, nos campos gerais, com 3,2º C. Na capital Curitiba, a mínima foi de 5º C.
O casal Irani e Vicente Araújo é de Campo Grande e estava no Terminal Rodoviário de Londrina: "A gente gosta é do calor", comentou o motorista aposentado, munido de cachecol, chapéu, três blusas e luvas
Em Londrina, quem teve que madrugar para trabalhar ou voltar para casa após uma jornada noturna no domingo (20), aguardava com ansiedade a chegada do sol para aquecer corpo. "A gente escutou que a temperatura ia cair, mas parece que nunca estamos preparados para ele", comentou Paulo Nunes, feirante há 10 anos.
Ele acordou às 3h30 e junto com a esposa Elisete Teixeira, percebeu que até a clientela fiel da feira estava demorando a chegar. "Geralmente, antes das 7h já tem muita gente por aqui, mas hoje as pessoas estão chegando só agora. Acho que todo mundo está esperando o sol para esquentar um pouco", disse.
Ao contrário do casal de feirantes, a garçonete Patrícia Bonfim não sabia da mudança de clima. "Saí de casa sábado à tarde para trabalhar e coloquei uma roupa mais fina. Durante a madrugada fui pega de surpresa. Sorte que eu tinha um gorro no trabalho para poder voltar para casa", contou.
A virada do clima também muda a rotina nos postos de atendimento de saúde. O movimento no PAI (Pronto Atendimento Infantil) começou a se intensificar logo nas primeiras horas do domingo. "A tosse dele piorou muito nesta madrugada e mesmo sendo difícil sair de casa assim tão cedo, nesse frio, não tinha outra jeito", disse Aline Maria de Oliveira Alcântara, enquanto aguardava consulta para o filho João Victor, 6.
Feis Feres Neto, atleta amador treinava desde às 6h30 no Lago Igapó no domingo: " Até prefiro correr no frio"
Longe dali, Feis Feres Neto parecia não se importar com o vento gelado. "Na verdade, até prefiro correr no frio. Enquanto o corpo está aquecido é tranquilo", afirmou o atleta amador que treinava desde às 6h30 às margens do Lago Igapó. Ele se prepara para disputar uma maratona em Porto Alegre (Rio Grande do Sul) nas próximas semanas.
Mas enquanto uns preferem o clima de inverno - que oficialmente começa no dia 21 de junho - outros já o querem bem longe, como o casal Irani e Vicente Araújo, que vivem em Campo Grande (Mato Grosso do Sul) e estavam de passagem no Terminal Rodoviário de Londrina. "A gente gosta é do calor", comentou o motorista aposentado, munido de cachecol, chapéu, três blusas e luvas. O casal permanecerá alguns dias no interior do Estado, visitando parentes.
A técnica de enfermagem Márcia Aparecida da Silva, que entra na Santa Casa de Londrina às 19h e sai às 7h, também prefere as altas temperaturas. "No frio é ruim para acordar, para trabalhar, tem que sair de casa com muita roupa e o vento no rosto é cortante. Para mim, podíamos pular o inverno", brinca.
Patrícia Bonfim, garçonete: "Saí de casa sábado para trabalhar e durante a madrugada fui pega de surpresa. Sorte que eu tinha um gorro no trabalho para poder voltar para casa"
Previsão
Nesta segunda (21), os termômetros podem chegar até a mínima de 5º C em Londrina, mas de terça-feira (22) até o final de semana, as temperaturas devem se manter nas mínimas entre 8ºC e 9º C. Já nas próximas semanas, o clima frio deve amenizar.
"No horizonte mais estendido, não enxergamos uma nova onda de frio e, até o início de junho, devemos manter um padrão de temperatura mais alta", afirmou o meterologista Samuel Braun, do Simepar.
Em relação às geadas, o Simepar prevê uma maior possibilidade nesta segunda-feira (21), de geadas moderadas a forte no sudoeste, centro-sul e em parte dos campos gerais do Estado. Ao sul da região norte, a previsão é de geadas mais fracas, assim como na Região Metropolitana de Curitiba.
"Algumas culturas como o café aguentam tranquilamente uma geada fraca, mas vale lembrar que o mapa do Simepar não faz menção a nenhuma cultura. Quem tem plantação deve buscar informações específicas", apontou o meterologista.
Já na madrugada domingo (20), de acordo com o boletim do Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná), algumas cidades registraram temperaturas mínimas abaixo dos 5º C, como no sul, em São Mateus do Sul, onde os termômetros registraram 2,4º C; no centro-oeste em Inácio Martins, com 3,1º C e Ponta Grossa, nos campos gerais, com 3,2º C. Na capital Curitiba, a mínima foi de 5º C.
Em Londrina, quem teve que madrugar para trabalhar ou voltar para casa após uma jornada noturna no domingo (20), aguardava com ansiedade a chegada do sol para aquecer corpo. "A gente escutou que a temperatura ia cair, mas parece que nunca estamos preparados para ele", comentou Paulo Nunes, feirante há 10 anos.
Ele acordou às 3h30 e junto com a esposa Elisete Teixeira, percebeu que até a clientela fiel da feira estava demorando a chegar. "Geralmente, antes das 7h já tem muita gente por aqui, mas hoje as pessoas estão chegando só agora. Acho que todo mundo está esperando o sol para esquentar um pouco", disse.
Ao contrário do casal de feirantes, a garçonete Patrícia Bonfim não sabia da mudança de clima. "Saí de casa sábado à tarde para trabalhar e coloquei uma roupa mais fina. Durante a madrugada fui pega de surpresa. Sorte que eu tinha um gorro no trabalho para poder voltar para casa", contou.
A virada do clima também muda a rotina nos postos de atendimento de saúde. O movimento no PAI (Pronto Atendimento Infantil) começou a se intensificar logo nas primeiras horas do domingo. "A tosse dele piorou muito nesta madrugada e mesmo sendo difícil sair de casa assim tão cedo, nesse frio, não tinha outra jeito", disse Aline Maria de Oliveira Alcântara, enquanto aguardava consulta para o filho João Victor, 6.
Feis Feres Neto, atleta amador treinava desde às 6h30 no Lago Igapó no domingo: " Até prefiro correr no frio"
Longe dali, Feis Feres Neto parecia não se importar com o vento gelado. "Na verdade, até prefiro correr no frio. Enquanto o corpo está aquecido é tranquilo", afirmou o atleta amador que treinava desde às 6h30 às margens do Lago Igapó. Ele se prepara para disputar uma maratona em Porto Alegre (Rio Grande do Sul) nas próximas semanas.
Mas enquanto uns preferem o clima de inverno - que oficialmente começa no dia 21 de junho - outros já o querem bem longe, como o casal Irani e Vicente Araújo, que vivem em Campo Grande (Mato Grosso do Sul) e estavam de passagem no Terminal Rodoviário de Londrina. "A gente gosta é do calor", comentou o motorista aposentado, munido de cachecol, chapéu, três blusas e luvas. O casal permanecerá alguns dias no interior do Estado, visitando parentes.
A técnica de enfermagem Márcia Aparecida da Silva, que entra na Santa Casa de Londrina às 19h e sai às 7h, também prefere as altas temperaturas. "No frio é ruim para acordar, para trabalhar, tem que sair de casa com muita roupa e o vento no rosto é cortante. Para mim, podíamos pular o inverno", brinca.
Patrícia Bonfim, garçonete: "Saí de casa sábado para trabalhar e durante a madrugada fui pega de surpresa. Sorte que eu tinha um gorro no trabalho para poder voltar para casa"
Previsão
Nesta segunda (21), os termômetros podem chegar até a mínima de 5º C em Londrina, mas de terça-feira (22) até o final de semana, as temperaturas devem se manter nas mínimas entre 8ºC e 9º C. Já nas próximas semanas, o clima frio deve amenizar.
"No horizonte mais estendido, não enxergamos uma nova onda de frio e, até o início de junho, devemos manter um padrão de temperatura mais alta", afirmou o meterologista Samuel Braun, do Simepar.
Em relação às geadas, o Simepar prevê uma maior possibilidade nesta segunda-feira (21), de geadas moderadas a forte no sudoeste, centro-sul e em parte dos campos gerais do Estado. Ao sul da região norte, a previsão é de geadas mais fracas, assim como na Região Metropolitana de Curitiba.
"Algumas culturas como o café aguentam tranquilamente uma geada fraca, mas vale lembrar que o mapa do Simepar não faz menção a nenhuma cultura. Quem tem plantação deve buscar informações específicas", apontou o meterologista.
Micaela Orikasa
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA
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