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LONDRINA - Potencial de inovação no setor químico

Em 2018, setor da indústria química e de materiais gerou 1.310 empregos em Londrina, com participação de 6,2% nas vagas geradas no setor do Paraná.
 
Com empresas multinacionais, grandes empresas de destaque nacional e micro e pequenas, o setor da indústria química e de materiais em Londrina foi considerado um dos cinco setores estratégicos com potencial para alavancar o desenvolvimento da cidade através da inovação. A constatação é da Fundação Certi, que em estudo encomendado pelo Sebrae, fez uma análise das tendências (análise de tendências e cenários prospectivos), vocações econômicas (competências produtivas instaladas) e potenciais científicos (competências científico-tecnológicas existentes) da cidade para chegar a cinco setores estratégicos para o planejamento do ecossistema de inovação de Londrina.

De acordo com informações da Fiep (Federação da Indústria do Estado do Paraná) de 2016, Londrina é a terceira cidade com mais empresas no Paraná (52), atrás de Curitiba e Pinhais. Em 2018, o setor gerou 1.310 empregos no município (janeiro a maio), com participação de 6,2% nas vagas geradas no setor do Paraná. São vários os segmentos da indústria química na região: tintas, cosméticos, pesticidas, produtos de limpeza são alguns exemplos.

Apesar de Londrina não ser o maior gerador de empregos do setor – Curitiba, São José dos Pinhais, Paranaguá e Araucária concentram 42,6% dos postos de trabalho -, a cidade se beneficia da pesquisa na área realizada dentro das universidades, pondera Maria Gorete Hoffmann, coordenadora do Centro de Empreendedorismo Inovador da Fundação Certi. De acordo com ela, o setor químico e de materiais foi considerado estratégico porque existe um grande potencial de pesquisas nessa área dentro das universidades e empresas da região. Além disso, o desenvolvimento de materiais inovadores pode dar suporte aos demais setores. "Química é a base para a solução de materiais inovadores, que apoiam o setor de agronegócio, têxtil, metalmecânico, móveis", ela exemplifica.

Para o gerente do Sebrae Londrina, Fabrício Bianchi, o setor é "chave" para os outros setores estratégicos definidos pela Fundação Certi – cadeia do agronegócio, eletrometalmecânico, TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) e Saúde, diz. "Se o setor conseguir avançar, a economia da cidade vai ter uma oportunidade única de agregar valor. É um setor com potencial de crescimento com agregação de valor para diferentes setores."

Competitividade

"O setor é forte, desenvolvido, e tem uma dinâmica muito grande", observa o presidente do Sinqfar (Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Norte do Paraná), Allan Gomes Guimarães. Segundo ele, a forte concorrência nacional faz com que as empresas da região precisem estar em constante desenvolvimento. "Tem que brigar o tempo todo para aprimorar. A indústria já está pensando em 4.0. Tem que investir na melhoria dos funcionários e cresce porque está ligada à construção civil." O segmento de tintas é o mais "pujante" na região, diz Guimarães. Conta com uma empresa que está entre as cinco maiores do País, e outra com bastante força na região.

Na visão de Guimarães, Londrina pode se tornar um polo do setor, mas é preciso investimento e incentivos, com a diminuição de impostos. Além disso, mão de obra especializada é sempre uma demanda importante. Por outro lado, ele diz, já existe um trabalho grande de desenvolvimento da indústria química em parceria com a Fiep e as entidades do sistema S, ligadas à federação. A inovação também acontece dentro das empresas, que contam com equipes de pesquisa e desenvolvimento e trazem pesquisas de fora do País.


Mie Francine Chiba
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA


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