Requião Filho defende conquistas trabalhistas
Convidado para a sabatina
promovida pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba na manhã
desta segunda-feira (27), o Deputado Estadual Requião Filho, candidato à
reeleição com o número 15151, defendeu as conquistas trabalhistas das
últimas décadas no Brasil e criticou os retrocessos atuais.
O debate organizado pelo sindicato reuniu candidatos a Deputado Estadual, Federal, Senador e ao Governo do Estado. Roberto Requião, que também concorre à reeleição para o Senado (com o número 151), foi o convidado mais aplaudido pelos sindicalistas durante o evento.
O debate organizado pelo sindicato reuniu candidatos a Deputado Estadual, Federal, Senador e ao Governo do Estado. Roberto Requião, que também concorre à reeleição para o Senado (com o número 151), foi o convidado mais aplaudido pelos sindicalistas durante o evento.
Requião
Filho lembrou a atuação do pai, quando Governador do Paraná, e destacou a
importância do salário mínimo regional, instituído por ele naquela
época e que vem sendo desvalorizado pelo atual governo.
“Se o
Paraná tem o maior salário mínimo regional do Brasil, é graças ao
Requião e graças a vocês. O Beto tentou diminuir essa diferença que o
Paraná tinha para os demais Estados. A bancada do camburão fica quieta
com a desvalorização do salário regional, em troca de sair na foto com a
entrega de uma ambulância. Mas enquanto isso, os hospitais regionais
que construímos estão deixando de funcionar”.
O parlamentar também
denunciou as práticas do atual governo do Estado contra os
trabalhadores. “O governo Beto Richa massacrou os funcionários públicos
em praça pública. Com campanha fortíssima, quis convencer a opinião
pública de que todo funcionário público é marajá. Pegou contracheques
escolhidos a dedo e jogou nas redes sociais. Pegou uma professora que
tinha recebido férias atrasadas, 13° salário, indenização, e apresentou
aquele contracheque como se fosse o recebimento mensal de todos os
professores”.
Segundo ele, o
desrespeito aos servidores não se restringe aos professores. Os
policiais, por exemplo, enfrentam más condições de trabalho, com
equipamentos defasados, coletes à prova-de-balas vencidos e a corporação
sem qualquer investimento do Estado. “Os policiais continuam sem a
data-base”, denunciou.
O Deputado criticou a
tentativa de criminalização que se faz aos sindicatos dos trabalhadores,
normalmente encampada pelos órgãos patronais. “Tentam transformar os
sindicatos dos trabalhadores, aos olhos da população geral, em
criminosos, enquanto o Sistema S faz festa com champanhe e caviar em
Nova York, Paris, tem hotéis, resorts, e esse sistema não é
fiscalizado”.
Requião Filho criticou a
Reforma Trabalhista e a tentativa de aprovar a Reforma da Previdência.
“A reforma não modernizou nada. Tirou o direito dos trabalhadores e
garantiu às grandes empresas a demissão de funcionários sem nenhuma
responsabilidade”.
Como exemplo
de resistência da classe trabalhadora, Requião Filho lembrou a grande
audiência pública realizada no Paraná contra a Reforma da Previdência.
“Junto com vocês, fizemos
a maior audiência pública já realizada na história da Assembleia
Legislativa. Mais de mil pessoas! Aquele plenário nunca esteve tão cheio
de gente que deveria, na verdade, ser representada por aquela
Assembleia”.
Para Requião Filho, a
mudança na política passa pela escolha de representantes comprometidos
com a causa daqueles que mais precisam. “Esta é uma responsabilidade de
todos. Se escolhermos mal os nossos representantes, acabamos por eleger
um Eduardo Cunha, por exemplo, ou um Geddel Vieira Lima. Todos tiveram
votos, chegaram lá e tomaram conta daquilo. E aí não se consegue
apresentar e aprovar os projetos necessários. Precisamos escolher bem
nossos representantes e a responsabilidade é enorme”.
POR MILTON JUNIOR