Pai de adolescente atingido por tiro em ataque à escola em Medianeira diz que filho está bem e confia na recuperação
O estudante Bruno Raphael Facundo, de 15 anos, que foi atingido na coluna durante o ataque a tiros na Colégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira,
no oeste do Paraná, está consciente, mas não tem previsão de alta,
segundo informações repassadas pelo Hospital do Trabalhador neste
domingo (30).
O hospital disse ainda que o adolescente respira confortavelmente sem a
ajuda de aparelhos e que está fazendo sessões de fisioterapia. A bala
ainda não foi retirada do corpo dele.
Na sexta (28), os médicos informaram que ele passaria por uma cirurgia para o procedimento de retirada do projétil, mas até este domingo não havia data prevista.
O pai do garoto disse que alguns médicos comentaram com ele que a
hipótese de cirgurgia estava quase descartada. "Ele está bem, conversa,
já comeu e já sentou. Nós estamos confiantes na recuperação", afirmou o
pai do adolescente, Éder Facundo.
A mãe do menor, Giglione Facundo, também estava acompanhando o filho,
mas passou mal na noite deste sábado (29) e foi levada para a Santa Casa
de Curitiba. Os médicos disseram que ela passou por exames e que o
quadro é estável. Não há previsão de alta, conforme a Santa Casa.
Além de Bruno, um jovem de 18 anos também foi atingido durante o
ataque. Ele foi ferido de raspão na perna e não precisou ser internado.
Suspeitos estão apreendidos
O autor dos disparos e o menor suspeito de dar suporte a ele durante a ação que causou tumulto na escola foram apreendidos e estão detidos no Centro de Socioeducação (Cense) de Foz do Iguaçu.
O pai do adolescente que atirou foi preso e liberado na noite de sábado. O pai do jovem de 18 anos foi ouvido e liberado pela polícia na sexta-feira.
Suspeita de bullying
À polícia, o estudante disse que vinha sofrendo bullying e que tinha ao
menos nove alvos e que saiu de casa decidido a praticar o ataque,
planejado desde julho. Com os dois foram apreendidos um revólver calibre
22, munição e uma faca.
De acordo com a polícia, uma carta com pedido de desculpas foi
encontrada no material escolar dos suspeitos, além de recortes com
notícias de ataques em escolas dos Estados Unidos e do Brasil. No
celular de um deles também foram encontrados vídeos de violência
Na casa do atirador, policiais encontraram mais armas, facas e bombas caseiras.
Por conta do ataque, as aulas no Colégio Estadual João Manoel Mondrone foram suspensas até segunda-feira (1º).
FONTE - G1 PR