VAZIO SANITÁRIO - Na risca com o cronograma
João Nazima nesta safra vai plantar uma área de
soja de 120 alqueires: "O agricultor nunca perde a esperança, somos
teimosos e muito otimistas"
Contagem regressiva para o fim do vazio sanitário do Paraná e início oficial da safra de verão 2018/2019. A partir da próxima terça-feira (11), os produtores do Estado já podem ter plantas de soja emergidas do solo, respeitando o cronograma da Adapar (Agência de Defesa Sanitária do Paraná). Mais uma vez, a oleaginosa é a soberana das lavouras: da área de quase seis milhões de hectares dedicadas ao verão, 90% é de soja, a cultura que continua sendo a de mais lucratividade para o produtor neste momento, ainda mais com o dólar nas alturas, acima dos R$ 4.
Estimativas do Deral (Departamento de Economia Rural) da Seab (Secretaria de Agricultura e Abastecimento) publicadas na semana passada apontam para uma expectativa de quase 19,6 milhões de toneladas produzidas, alta de 3% comparado às 19,1 milhões de toneladas fechadas na safra 2017/18. A produtividade - se o tempo ajudar, como estão cravando os meteorologistas - deve girar em torno de 3.596 kg/ha (quilos por hectare). Vale dizer que a área de soja verão ganhou em torno de 10 mil hectares e o milho em torno de 20 mil hectares. Quem perdeu essa área foi o feijão, com rentabilidade muito baixa nas últimas duas safras.
Diferentemente do ano passado, a esperança é de um melhor ritmo de plantio agora em setembro, com as primeiras áreas recebendo sementes nas regiões Oeste e Sudoeste. "A expectativa é de uma recuperação de produtividade. Ano passado tivemos uma redução (3.513 kg/ha) causada pelo atraso no plantio, que devido ao tempo seco, quase não aconteceu em setembro, só a partir dos dias 29 e 30...Isso gerou um certo problema, porque empurrou o ciclo para frente e gerou até uma extensão no calendário", explica o economista do Deral, Marcelo Garrido.
A seca de 2017, neste mesmo período do ano, foi a grande vilã para o sojicultor. Agora, após as boas precipitações que aconteceram no mês passado, Garrido acredita que será suficiente para iniciar o cronograma de forma mais eficiente. "Acho que essas chuvas já garantem o plantio, pelo menos nas áreas iniciais do Oeste e Sudoeste. Acredito que será possível começar a safra de uma maneira mais tranquila comparado ao que aconteceu no ano passado."
CALENDÁRIO NORMALIZADO
Com quase 500 alqueires para plantio de soja divididos pelos municípios de Londrina, Cambé, Ibiporã e Sertanópolis, Geraldo Casaroto iniciou o plantio de soja da safra 2017/18 no dia 5 de outubro. Na safra atual, a expectativa é voltar para seu calendário normal: 20 de setembro. "Mesmo atrasando no ano passado, tive uma produtividade boa, cerca de 160 sacas por alqueire (3.900 kg/ha). Este ano vai precisar de pouca chuva para repor a umidade, e se o clima ajudar, acredito chegar em 170 sacas por alqueire (4.200 kg/ha). Vai depender do clima."
Em relação aos custos de produção, ele reclama do preço do adubo, que subiu 25%. Sementes e outros insumos, na casa dos 5%. "Mesmo com o dólar alto, os contratos futuros estão fechando na casa dos R$ 78 a saca. Esperava que chegasse pelo menos aos R$ 83. O preço da soja não acompanhou a alta dos insumos", complementa.
Contagem regressiva para o fim do vazio sanitário do Paraná e início oficial da safra de verão 2018/2019. A partir da próxima terça-feira (11), os produtores do Estado já podem ter plantas de soja emergidas do solo, respeitando o cronograma da Adapar (Agência de Defesa Sanitária do Paraná). Mais uma vez, a oleaginosa é a soberana das lavouras: da área de quase seis milhões de hectares dedicadas ao verão, 90% é de soja, a cultura que continua sendo a de mais lucratividade para o produtor neste momento, ainda mais com o dólar nas alturas, acima dos R$ 4.
Estimativas do Deral (Departamento de Economia Rural) da Seab (Secretaria de Agricultura e Abastecimento) publicadas na semana passada apontam para uma expectativa de quase 19,6 milhões de toneladas produzidas, alta de 3% comparado às 19,1 milhões de toneladas fechadas na safra 2017/18. A produtividade - se o tempo ajudar, como estão cravando os meteorologistas - deve girar em torno de 3.596 kg/ha (quilos por hectare). Vale dizer que a área de soja verão ganhou em torno de 10 mil hectares e o milho em torno de 20 mil hectares. Quem perdeu essa área foi o feijão, com rentabilidade muito baixa nas últimas duas safras.
Diferentemente do ano passado, a esperança é de um melhor ritmo de plantio agora em setembro, com as primeiras áreas recebendo sementes nas regiões Oeste e Sudoeste. "A expectativa é de uma recuperação de produtividade. Ano passado tivemos uma redução (3.513 kg/ha) causada pelo atraso no plantio, que devido ao tempo seco, quase não aconteceu em setembro, só a partir dos dias 29 e 30...Isso gerou um certo problema, porque empurrou o ciclo para frente e gerou até uma extensão no calendário", explica o economista do Deral, Marcelo Garrido.
A seca de 2017, neste mesmo período do ano, foi a grande vilã para o sojicultor. Agora, após as boas precipitações que aconteceram no mês passado, Garrido acredita que será suficiente para iniciar o cronograma de forma mais eficiente. "Acho que essas chuvas já garantem o plantio, pelo menos nas áreas iniciais do Oeste e Sudoeste. Acredito que será possível começar a safra de uma maneira mais tranquila comparado ao que aconteceu no ano passado."
CALENDÁRIO NORMALIZADO
Com quase 500 alqueires para plantio de soja divididos pelos municípios de Londrina, Cambé, Ibiporã e Sertanópolis, Geraldo Casaroto iniciou o plantio de soja da safra 2017/18 no dia 5 de outubro. Na safra atual, a expectativa é voltar para seu calendário normal: 20 de setembro. "Mesmo atrasando no ano passado, tive uma produtividade boa, cerca de 160 sacas por alqueire (3.900 kg/ha). Este ano vai precisar de pouca chuva para repor a umidade, e se o clima ajudar, acredito chegar em 170 sacas por alqueire (4.200 kg/ha). Vai depender do clima."
Em relação aos custos de produção, ele reclama do preço do adubo, que subiu 25%. Sementes e outros insumos, na casa dos 5%. "Mesmo com o dólar alto, os contratos futuros estão fechando na casa dos R$ 78 a saca. Esperava que chegasse pelo menos aos R$ 83. O preço da soja não acompanhou a alta dos insumos", complementa.
Victor Lopes
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA