Câmara aprova Lei Maria da Penha Virtual de crimes contra mulheres
Projeto do deputado federal João Arruda
A Câmara aprovou na tarde desta quarta-feira, 28, projeto de lei do deputado federal João Arruda (foto)
que cria mecanismos para o combate a condutas ofensivas contra as
mulheres na internet ou em outros meios de comunicação. “Esse projeto
será conhecido como Lei Maria da Penha virtual e pune com mais
severidade os crimes contra a honra praticados na Internet, que expõem
de forma covarde a intimidade de muitas mulheres a cada dia”, disse João
Arruda.
O PL passou pela Câmara, Senado, retornou para o legislativo e foi à sanção do presidente Michel Temer(MDB) que deverá sancionar.
O PL passou pela Câmara, Senado, retornou para o legislativo e foi à sanção do presidente Michel Temer(MDB) que deverá sancionar.
É preciso combater o machismo e a violência que toma conta de uma parte da sociedade. Quando assumimos os compromissos de combater problemas reais, estamos cumprindo nossa função como parlamentar”
A iniciativa, como reforça o político paranaense, prevê que quaisquer
divulgações de imagens, informações, dados pessoais, vídeos ou áudios
obtidos no âmbito de relações domésticas, sem o expresso consentimento
da mulher, passe a ser entendido como violação da intimidade.
“Essa violação passará a ser considerada violência doméstica. Uma ótima notícia na luta em defesa da mulher brasileira”, disse, adicionando:”É preciso combater o machismo e a violência que toma conta de uma parte da sociedade. Quando assumimos os compromissos de combater problemas reais, estamos cumprindo nossa função como parlamentar”.

“Essa violação é geralmente praticada
por namorados, cônjuges ou ex-cônjuges que se valem da condição de
coabitação ou de hospitalidade para obter tais registros, divulgando-os
em redes sociais como forma de constrangimento à mulher.Nos piores casos
são enviados de maneira irresponsável vídeos e fotografias com relações
sexuais. Esse tipo de violência se torna progressivamente mais danoso
quanto mais disseminado e universalizado está o acesso à internet no
Brasil”, explicou o deputado.
A proposta aprovada prevê ainda medidas como a inclusão, na Lei Maria da Penha, de dispositivo que considera a violação da intimidade da mulher como forma de violência doméstica e familiar.
Neste caso, o
agressor poderá ser punido de seis meses a até três anos de prisão sem
direito à fiança. Se o crime for cometido por cônjuge, companheiro,
noivo, namorado ou alguém que manteve relacionamento amoroso com a
vítima, a pena será aumentada em um terço.Se a vítima for menor de 18
anos ou deficiente físico, o aumento será de 50%. Ao juiz, cabe ordenar a
remoção do conteúdo da internet, que deve ser feita em até 24 horas.
FONTE - NP DIARIO