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Diplomado, Ratinho Junior promete enxugar a máquina e 'cortar mordomias'

Ratinho Junior ao lado do vice, Darci Piana: "No Paraná, queremos fazer a lição de casa, para que o dinheiro público seja o mais valorizado possível"
O governador eleito do Paraná, Ratinho Junior (PSD), disse nessa terça-feira (18), durante a cerimônia de diplomação, que já tem desenhada a estrutura da nova administração e que ela será "o mais enxuta possível". O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) entregou os certificados de todos os eleitos em 2018. Além do chefe do Executivo, subiram ao palco do Teatro Positivo o vice-governador Darci Piana, os 54 deputados estaduais, os 30 federais, os dois senadores e os suplentes das coligações.

"A prioridade primeiro é enxugar a máquina, diminuir o número de secretarias e acabar com mordomias que ao longo dos anos foram se acumulando. Esse é um problema no Brasil todo e, no Paraná, queremos fazer a lição de casa, para que o dinheiro público seja o mais valorizado possível. Vamos fazer do Paraná um Estado referência. Tenho convicção que o ritmo que vamos implantar e a equipe que estamos montando vão dar a oportunidade de o Paraná crescer mais que o Brasil ", afirmou.

Segundo ele, a Fundação Dom Cabral já concluiu o estudo de reestruturação do Estado. "Vamos diminuir substancialmente, deixando aquelas realmente essenciais para atender a população e prestar um bom serviço. De 28, deve ir para 15 secretarias". Questionado sobre quais seriam as "mordomias", Ratinho falou que vai devolver a aeronave do governo e que quer leiloar a chácara do governador, para fazer um colégio agrícola 4.0. "Queremos fazer um projeto ambientalmente correto para a ilha do governador, que vire uma pousada ecológica e escola de turismo", acrescentou.

O político do PSD contou que tem feito reuniões periódicas e que pretende governar em sintonia com o setor produtivo. Defendeu, ainda, a implantação de PPPs (parcerias público-privadas) como forma de garantir "mais eficiência e modernidade". O projeto que trata do tema vem gerando polêmica na AL (Assembleia Legislativa). "Precisamos dar segurança jurídica a quem vai investir. É uma lei muito moderna, que faz a Agepar (Agência Reguladora) ter mais empoderamento e independência".

MAIS VOTADOS
"Para nós é um orgulho e uma responsabilidade enorme", comentou o deputado estadual eleito Delegado Francischini (PSL), que frisou estar alinhado tanto com Jair Bolsonaro (PSL) como com Ratinho Junior (PSD). Com mais de 420 mil votos, ele chega à Assembleia credenciado para disputar a presidência da Casa. Entretanto, "em nome da governabilidade", deixou a questão em aberto.

"A eleição [da AL] é só em fevereiro (...) A tendência é que seja um mandato de acordos, para que a gente possa ter governabilidade. Essas definições serão confirmadas mesmo nas duas últimas semanas". O atual chefe do Legislativo, Ademar Traiano (PSDB), tem a intenção de permanecer no cargo. "Temos os planos de PPPs, para diminuir o tamanho do Estado, projetos que vão mexer no orçamento dos poderes, e precisamos ter bancadas alinhadas", prosseguiu Francischini.

"Quando um sargento de polícia radical e intransigente contra bandido é eleito deputado federal mais votado [recebeu mais de 300 mil votos], é um recado das urnas. As pessoas não estão contentes com o atual modelo de segurança, essa 'passação' de mão na cabeça do bandido. Vamos trabalhar para endurecer ainda mais a vida do bandido, sempre em favor do cidadão de bem", afirmou Sargento Fahur (PSD).

O ex-policial chamou o auxílio-moradia pago a magistrados e deputados de "aberração" e falou que o salário de parlamentar é suficiente. Também defendeu a reforma da previdência, porém, com algumas modificações, que não detalhou. "Tem que acontecer. Vamos melhorar um pouco para o trabalhador, mas infelizmente um remédio amargo vai ter de ser dado, para lá na frente ajudar o Brasil".

O senador eleito Oriovisto Guimarães (PODE) se mostrou contra o benefício e a favor das reformas. Ele foi o único a abrir mão do auxílio mudança, criado em 2014 para auxiliar os parlamentares a pagar os custos da troca de cidade. "Está previsto na lei, mas nem tudo que é legal é ético e moral", opinou.

Sobre a previdência, o fundador do Grupo Positivo falou que a proposta do presidente Michel Temer (MDB) era a melhor. "Ele [Temer] foi ficando fraco com as denúncias que fizeram e foi cedendo. Hoje ela não passa de uma meia sola. Acho que o novo governo deve elaborar uma nova proposta", sugeriu. Oriovisto se mostrou entusiasta da reforma trabalhista. "Tudo o que for para modernizar a relação entre o trabalho e o capital nós vamos fazer", adiantou.


Mariana Franco Ramos Reportagem Local(FOLHA DE LONDRINA)

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