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Bombeiros fazem mais de 400 resgates no Litoral

Resgate em Guaratuba durante a temporada: recomendação é optar por área protegida por guarda-vidas

O número de mortes por afogamento no Litoral do Estado durante a Operação Verão já é igual a quantidade registrada entre o final de 2017 e fevereiro de 2018. Seis pessoas morreram até o último sábado (5). Um jovem de 25 anos foi a última vítima no Litoral. O rapaz estava em Guaratuba em uma área em que não havia guarda-vidas. Na ocasião, outras duas pessoas foram resgatadas pelas equipes. Desde o dia 21 de dezembro, quando teve início a operação, aproximadamente, 430 atendimentos foram realizados.

Segundo a porta-voz do Corpo de Bombeiros na Operação Verão, tenente Ana Paula Zanlorenzzi, todas as mortes ocorreram em locais em que não havia guarda-vidas. Quatro pessoas se afogaram no mar em áreas sinalizadas por bandeiras pretas (em que não há equipes na orla), um jovem foi levado pela correnteza em um rio e uma criança morreu ao cair em uma piscina.

"A recomendação é que a pessoa procure a faixa protegida por guarda-vidas porque, caso aconteça um incidente na água, o guarda-vidas estará ali no campo de visão e ele conseguirá agir de uma forma rápida. Quando a pessoa está fora da faixa protegida, alguém tem que visualizar a vítima se afogando, correr até o posto de guarda-vidas mais próximo ou ligar 193. A gente sabe que em uma situação de afogamento, qualquer segundo faz a diferença", lembrou.

Bandeiras de sinalização estão fixadas por toda a orla do Litoral do Paraná. As cores vermelha e amarela (na mesma bandeira) apontam que o local é uma área protegida por guarda-vidas. Além dos postos fixados na areia, equipes de patrulhamento também percorrem e monitoram a região com quadriciclos e embarcações.

A tenente orienta ainda que pessoas próximas às vítimas não tentem resgatá-las, caso não possuam treinamento ou habilidade para nadar até o local. "O que a pessoa pode fazer é tentar oferecer algum material flutuante como uma bola, uma tampa de isopor, uma prancha pequena ou uma garrafa pet vazia e fechada. Com esses materiais flutuantes, a pessoa pode conseguir se manter na superfície da água até a chegada do socorro especializado", completou Zanlorenzzi. A Operação Verão segue até o início de março no Litoral paranaense.

NA REGIÃO

Desde o dia 21 de dezembro, o Corpo de Bombeiros registrou um total de 13 mortes por afogamento no Estado. Três pessoas morreram na região de Londrina. No dia 30 de dezembro, um rapaz de 21 anos teria saltado do barco em que estava com os amigos e não conseguiu nadar até a margem do rio. No último sábado (5), um homem de 53 anos morreu na Vila Portuguesa, na área central de Londrina, durante temporal registrado na cidade. No domingo (6), um rapaz mergulhou em uma represa em Cornélio Procópio (Norte Pioneiro) e foi localizado na manhã desta segunda-feira (7) pelas equipes de socorro.

O aspirante Mateus Oliveira, do Corpo de Bombeiros de Londrina, frisou que não é recomendado nadar em rios e represas. "Não são locais apropriados para banho e representam risco de afogamento. Muitas vezes as pessoas superestimam a própria capacidade de natação. Às vezes elas até têm uma noção de natação, mas se colocam em uma posição complicada e não conseguem retornar para a superfície. No desespero, podem engolir um pouco de água e se afogar. Nas piscinas também é importante que as crianças sejam supervisionadas por um adulto. Colocar boias não é garantia de segurança", relatou.


Viviani Costa
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA

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