Fora do Congresso, Hauly e Canziani devem seguir caminhos diferentes
Somadas as duas trajetórias, eles cumpriram doze mandatos
consecutivos na Câmara dos Deputados e acumulam 80 anos de vida pública.
E a partir deste ano vão traçar caminhos diferentes fora do Congresso.
Deputado federal desde 1991, o economista Luiz Carlos Hauly (PSDB) não
conseguiu a reeleição no ano passado. Já o empresário e ex-vereador Alex
Canziani (PTB), eleito para seu primeiro mandato em Brasília em 1998,
abriu mão da reeleição para tentar uma vaga no Senado - e não conseguiu.
A FOLHA conversou com os dois parlamentares em fim de mandato para saber deles que legado acreditam que deixaram e o que pretendem fazer fora da vida pública a partir de fevereiro, quando se inicia a nova legislatura na Câmara Federal. Em comum, ambos têm o voto favorável à Reforma Trabalhista e contrário à tramitação da denúncia por corrupção contra o ex-presidente Michel Temer (PP).
Hauly afirma que deve ter um 2019 dedicado exclusivamente ao trabalho no setor privado. "Agora o primeiro plano passa a ser a atividade empresarial, empreendedora", pontua.
Ele falou à reportagem por telefone na tarde desta segunda-feira (7), enquanto estava chegando a Brasília para a cerimônia de posse do ex-ministro dos Transportes, João Henrique de Almeida Sousa, na presidência nacional do Sebrae. Hauly não deixou de aproveitar o início do ano para articular uma reunião com o novo governo a fim de tratar do assunto que mais lhe interessa, a Reforma Tributária, cujo texto de sua autoria e relatoria foi aprovado no âmbito da Comissão Especial na Casa.
Entretanto, o Executivo pode ignorar o texto do tucano e partir para uma proposta completamente nova, o que já tem um prazo para chegar na Câmara. De acordo com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) em seu plano de ações, as principais demandas do País que necessitam de aprovação legislativa devem ser encaminhadas nos primeiros 60 dias de governo, incluindo a Reforma da Previdência.
"Alguma 'mudancinha' não tem problema não, a essência do meu projeto é o IVA (Imposto sobre Valor Agregado), a simplificação, fim", afirma Hauly.
Mas, além da Reforma Tributária, Hauly destaca a importância de um outro projeto de sua autoria que nunca chegou a ser aprovado, mas que segundo ele teve impactos positivos. "O projeto que combate a publicidade infantil. Este projeto tem 17 anos, não foi aprovado, mas é um marco na discussão nacional na defesa da criança e do adolescente. Acabou resultando em uma resolução do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), mudou a postura das empresas", comemora o parlamentar, que tem 46 anos de vida pública, incluindo o período em que foi prefeito de Cambé (Região Metropolitana de Londrina).
POLÍTICA CONTINUA
Já Alex Canziani (PTB) destaca a sua atuação na aprovação da medida provisória que prevê a criação dos fundos patrimoniais para áreas como educação, cultura e esporte, sancionada nesta segunda-feira (7) pelo presidente Jair Bolsonaro, entre outras propostas no âmbito da Comissão de Educação.
"Nós temos uma proposta que é de uma comissão especial que eu fiz pra estimular que as universidades possam captar recursos, que quando forem recursos gerados pelas universidades não entrem no teto de gastos", afirma.
Com Canziani as urnas foram um pouco mais "generosas" do que com Hauly. Mesmo não sendo eleito senador, com 1,3 milhão de votos em 2018, comemora a eleição da filha, Luiza, deputada mais jovem da Câmara Federal. E, diferentemente do colega, o discurso é de não deixar a política de lado.
Questionado sobre para onde apontam as tratativas que estão mais adiantadas, Canziani citou "Londrina e Brasília". "Têm algumas sondagens que foram feitas, convites, então estou avaliando com algumas pessoas para ver como seria uma possível participação", afirma.
Em Londrina, Canziani tem ampla influência sobre a gestão de Marcelo Belinati (PP), sendo, inclusive, a única condição para uma possível candidatura à Prefeitura a desistência de uma campanha para a reeleição do pepista.
A FOLHA conversou com os dois parlamentares em fim de mandato para saber deles que legado acreditam que deixaram e o que pretendem fazer fora da vida pública a partir de fevereiro, quando se inicia a nova legislatura na Câmara Federal. Em comum, ambos têm o voto favorável à Reforma Trabalhista e contrário à tramitação da denúncia por corrupção contra o ex-presidente Michel Temer (PP).
Hauly afirma que deve ter um 2019 dedicado exclusivamente ao trabalho no setor privado. "Agora o primeiro plano passa a ser a atividade empresarial, empreendedora", pontua.
Ele falou à reportagem por telefone na tarde desta segunda-feira (7), enquanto estava chegando a Brasília para a cerimônia de posse do ex-ministro dos Transportes, João Henrique de Almeida Sousa, na presidência nacional do Sebrae. Hauly não deixou de aproveitar o início do ano para articular uma reunião com o novo governo a fim de tratar do assunto que mais lhe interessa, a Reforma Tributária, cujo texto de sua autoria e relatoria foi aprovado no âmbito da Comissão Especial na Casa.
Entretanto, o Executivo pode ignorar o texto do tucano e partir para uma proposta completamente nova, o que já tem um prazo para chegar na Câmara. De acordo com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) em seu plano de ações, as principais demandas do País que necessitam de aprovação legislativa devem ser encaminhadas nos primeiros 60 dias de governo, incluindo a Reforma da Previdência.
"Alguma 'mudancinha' não tem problema não, a essência do meu projeto é o IVA (Imposto sobre Valor Agregado), a simplificação, fim", afirma Hauly.
Mas, além da Reforma Tributária, Hauly destaca a importância de um outro projeto de sua autoria que nunca chegou a ser aprovado, mas que segundo ele teve impactos positivos. "O projeto que combate a publicidade infantil. Este projeto tem 17 anos, não foi aprovado, mas é um marco na discussão nacional na defesa da criança e do adolescente. Acabou resultando em uma resolução do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), mudou a postura das empresas", comemora o parlamentar, que tem 46 anos de vida pública, incluindo o período em que foi prefeito de Cambé (Região Metropolitana de Londrina).
POLÍTICA CONTINUA
Já Alex Canziani (PTB) destaca a sua atuação na aprovação da medida provisória que prevê a criação dos fundos patrimoniais para áreas como educação, cultura e esporte, sancionada nesta segunda-feira (7) pelo presidente Jair Bolsonaro, entre outras propostas no âmbito da Comissão de Educação.
"Nós temos uma proposta que é de uma comissão especial que eu fiz pra estimular que as universidades possam captar recursos, que quando forem recursos gerados pelas universidades não entrem no teto de gastos", afirma.
Com Canziani as urnas foram um pouco mais "generosas" do que com Hauly. Mesmo não sendo eleito senador, com 1,3 milhão de votos em 2018, comemora a eleição da filha, Luiza, deputada mais jovem da Câmara Federal. E, diferentemente do colega, o discurso é de não deixar a política de lado.
Questionado sobre para onde apontam as tratativas que estão mais adiantadas, Canziani citou "Londrina e Brasília". "Têm algumas sondagens que foram feitas, convites, então estou avaliando com algumas pessoas para ver como seria uma possível participação", afirma.
Em Londrina, Canziani tem ampla influência sobre a gestão de Marcelo Belinati (PP), sendo, inclusive, a única condição para uma possível candidatura à Prefeitura a desistência de uma campanha para a reeleição do pepista.
Vitor Struck/Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA
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